"Pirates of the Caribbean" revela-se uma movimentada aventura no tempo em que piratas aterrorizavam os mares das Caraíbas, conjugando pirataria, saque, maldição, amor e aventura. Johnny Depp é Jack Sparrow, um pirata que juntamente com Will Turner (Orlando Bloom) irão embarcar no HMS Interceptor, um dos barcos mais rápidos do mundo, para perseguir um lendário barco pirata, o mais veloz de todos e que se diz estar amaldiçoado: o Pérola Negra. Aí se encontra a amada de Turner, Elizabeth Swann (Keira Knightley) que raptada pelo Capitão Barbossa (Geoffrey Rush), irá ser sacrificada para terminar de vez com a maldição que se abateu sobre a tripulação do Pérola Negra, barco que outrora havia pertencido a Sparrow. A Walt Disney traz-nos uma aventura para a família, um filme realizado por Gore Verbinsky ("The Mexican" - 2001, "The Ring" - 2002) e produzido por Jerry "Blockbuster" Bruckheimer, onde o espectador poderá passar quase 2:30 de puro entretenimento (apesar de um pouco longo). Uma história simples que traz de volta os filmes sobre capitães, piratas, lutas com espadas e canhões e onde se revelam diálogos muito bem construídos, uma realização bem medida e um espectacular punhado de efeitos especiais, a cargo da (quem não poderia ser) Industrial Light & Magic. Lutas entre humanos e corpos cadavéricos num galeão ao luar são imagens que concerteza um cinéfilo irá reter na memória, bem como a bela prestação de Johnny Depp (Óscar à vista?) e de Orlando Bloom, na busca incessante da belíssima Keira Knightley e de um lendário tesouro que se encontra escondido numa ilha que quase nunca ninguém viu: Isla de la Muerte. Apesar de demasiado longo, tornando-se por vezes sonolento, a verdade é que este "Pirates of the Caribbean" possui sequências de pura diversão e é um deleite para a imaginação de qualquer cinéfilo rever um bom filme, uma boa história de época que reúne tantos ingredientes de qualidade. Escrito por Ted Elliott e Terry Rossio, peca sobretudo pela fraca banda sonora, que não é tão portentosa como seria de esperar num filme deste tipo. Uma palavra para Geoffrey Rush, que não está no seu melhor nesta película que fará certamente vibrar a criança que há dentro de nós. |