Na 2.ª edição do FESTin, o júri constituído por Mário Fançoni (Embaixada de Angola), Francisco Barbosa (EGEA/Cinema São Jorge) e José Amaral (Embaixada de Timor) escolheu o filme Hortas di Pobreza (Guiné-Bissau, 2010), de Sara Sousa, como a Melhor Longa-Metragem em competição, com um prémio no valor de €5.000 atribuído pelos estúdios brasileiros Quanta. O documentário Lixo Extraordinário (Brasil, 2010), realizado por Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley, que abriu o festival no dia 26 de Abril, foi agraciado pelo júri com uma menção honrosa e foi também o filme que obteve a melhor classificação dada pelo público.
Na competição de curtas-metragens, o júri composto por Ângelo Torres (actor), Brisa Paím (escritora) e Salomé Llamas (realizadora) elegeu Contagem de Gabriel e Maurílio Martins (Brasil, 2010) como a melhor curta-metragem, com um prémio no valor de €2.500, igualmente atribuído pelos estúdios Quanta. Entregou ainda duas menções honrosas a Verónica (Portugal 2010), de António Gonçalves e Ricardo Oliveira, e a Vidas Deslocadas, de João Marcelo Gomes (Brasil, 2009). Aos Pés (Brasil, 2009), do realizador brasileiro Zeca Brito, foi a curta preferida pelo público.
O FESTin 2011, termina amanhã, dia 1 de Maio, e reserva a primeira sessão do último dia de programação ao público infantil e juvenil com a projeção do filme O Planeta Adormecido, uma história falada e cantada em português, que mistura personagens reais e animadas, numa aventura para salvar o planeta Terra.
Cumprindo o objetivo de fomentar a inclusão social através do cinema, o FESTin dedica este dia à “Mostra Cinema para a Inclusão”, com a exibição de nove filmes oriundos de Portugal, Angola e Brasil. Nesta secção é de realçar a apresentação de cinco curtas-metragens integradas no projecto “Kê Li Kê Lá” (designação em crioulo para a expressão “ah, e tal”), que visa a sensibilização artística de jovens do Casal da Boba, na Amadora, e foi financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Fundação EDP.
Na Sala Manoel de Oliveira, a partir das 17h00, projetam-se três filmes do realizador português João Botelho, uma das figuras evocadas nesta 2.ª edição. Para esta tarde de domingo, João Botelho selecionou Um Adeus Português (1985), Tempos Difíceis (1987) e Três Palmeiras (1994), filmes que completam a breve retrospetiva iniciada no sábado com Conversa Acabada (1980).
Ainda com algumas vagas disponíveis, decorre a partir das 16h30, na Sala 2, a oficina “Os primeiros passos no cinema”, orientada por Marítissa Benot e Klauber Oliveira. Dirigida a jovens dos 16 aos 21 anos, esta oficina será a primeira de uma série a desenvolver ao longo do ano, na expectativa de que os trabalhos resultantes possam integrar a programação do FESTin em 2012.