Cinema
A BELA JUNIE
Um filme de Christophe Honoré
Com Louis Garrel, Léa Seydoux e Grégoire Leprince-Ringuet
ESTRÉIA EM 19 DE DEZEMBRO
Sinopse
Junie (Léa Seydoux), uma garota de 16 anos, muda de escola durante o ano acadêmico após a morte de sua mãe. Logo se enturma com os novos colegas. A sua beleza chama a atenção dos rapazes e ela começa a namorar um deles, Otto (Grégoire Leprince-Ringuet), antes de se dar conta que está apaixonada pelo professor de italiano, Nemours (Louis Garrel).
Livremente inspirado no romance La Princesse de Clèves, de Madame de La Fayette, escrito no século XVII. É considerado um dos primeiros romances psicológicos da literatura ocidental.
Sobre o filme
Christophe Honoré diz que se trata mais de uma proposta de leitura do que propriamente de uma adaptação, assim como fez em Ma Mère. Para ele, não existe um romance no cinema (francês), o que há é um cineasta que o leu. O próprio cinema é uma leitura.
Nesse contexto, A Bela Junie é o resultado de um antigo desejo do diretor de filmar a adolescência. Embora esse tipo de filme inspire o tratamento da própria adolescência, Honoré realizou um filme sobre os adolescentes de hoje, guardando uma certa distância inevitável pelo próprio mistério que se impõe sobre eles.
O diretor quis registrar a maneira dessa juventude de estar num mundo que os agride, que os considera mais ou menos como inimigos, ora selvagens, ora “filhinhos de mamãe”, ao mesmo tempo em que também representam os cânones da beleza contemporânea. Quis filmá-los pelo que são e confrontá-los ao que sempre “enfraqueceu” a juventude, o amor e a beleza. Por esse motivo, percebeu a atemporalidade da história de Madame de La Fayette e que a adolescência combina com o romance La Princesse de Clèves. A corte do livro se transformou no colégio, e “as belas pessoas” desta corte, são os adolescentes de nossos dias.
A obra - La Princesse de Clèves (1678), de Madame de La Fayette
La Princesse de Clèves é mencionado na história da literatura ocidental como o primeiro romance psicológico, e um dos primeiros romances modernos da literatura francesa. Pela primeira vez, as ações das pessoas são encaradas e compreendidas através dos respectivos sentimentos que lhes servem de pano de fundo.
Trata-se de uma história de amor entre Madame de Clèves, uma mulher casada, mas fiel a um marido que não ama, e um homem que ela pouco conhece, duque de Nemours. Sem suportar lidar com o amor proibido que nutre por outro homem, confessa ao marido seus sentimentos, que, por mágoa, adoece e falece logo depois. Então livre para viver essa relação, é a razão que a guiará: para manter-se fiel à memória do falecido marido, Madame de Clèves recusa esse amor e desaparece da corte.
O romance já recebeu outras interpretações cinematográficas: entre elas, o longa La Princesse de Clèves, de Jean Delannoy, em 1961, e A Carta, de Manuel de Oliveira, em 1999.
Ficha técnica
Título original: La Belle Personne
França, 2008, 90 minutos
Direção: Christophe Honoré
Roteiro: Christophe Honoré e Gilles Taurand, livremente inspirado no romance de Madame de La Fayette
Direção de Fotografia: Laurent Brunet
Música: Alex Beaupain, Naïve
Edição: Chantal Hymans
Direção de Arte: Emmanuelle Cuillery
Produção: Sophie Barrat, Florence Dormoy e Joëy Faré
Distribuição nacional: Imovision
Elenco
Léa Seydoux - Junie
Louis Garrel - Nemours
Grégoire Leprince-Ringuet - Otto
Esteban Carjaval Alegria - Mathias
Simon Truxillo – Henri
Agathe Bonitzer – Marie
Anais Demoustier – Catherine
Valerie Lang – Florence Perrin
Jacob Lyon – Jacob
Jean Michel Portal – Estouteville
Martin Siméon – Martin
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A BELA JUNIE
A BELA JUNIE
Um filme de Christophe Honoré
Com Louis Garrel, Léa Seydoux e Grégoire Leprince-Ringuet
ESTRÉIA EM 19 DE DEZEMBRO
Sinopse
Junie (Léa Seydoux), uma garota de 16 anos, muda de escola durante o ano acadêmico após a morte de sua mãe. Logo se enturma com os novos colegas. A sua beleza chama a atenção dos rapazes e ela começa a namorar um deles, Otto (Grégoire Leprince-Ringuet), antes de se dar conta que está apaixonada pelo professor de italiano, Nemours (Louis Garrel).
Livremente inspirado no romance La Princesse de Clèves, de Madame de La Fayette, escrito no século XVII. É considerado um dos primeiros romances psicológicos da literatura ocidental.
Sobre o filme
Christophe Honoré diz que se trata mais de uma proposta de leitura do que propriamente de uma adaptação, assim como fez em Ma Mère. Para ele, não existe um romance no cinema (francês), o que há é um cineasta que o leu. O próprio cinema é uma leitura.
Nesse contexto, A Bela Junie é o resultado de um antigo desejo do diretor de filmar a adolescência. Embora esse tipo de filme inspire o tratamento da própria adolescência, Honoré realizou um filme sobre os adolescentes de hoje, guardando uma certa distância inevitável pelo próprio mistério que se impõe sobre eles.
O diretor quis registrar a maneira dessa juventude de estar num mundo que os agride, que os considera mais ou menos como inimigos, ora selvagens, ora “filhinhos de mamãe”, ao mesmo tempo em que também representam os cânones da beleza contemporânea. Quis filmá-los pelo que são e confrontá-los ao que sempre “enfraqueceu” a juventude, o amor e a beleza. Por esse motivo, percebeu a atemporalidade da história de Madame de La Fayette e que a adolescência combina com o romance La Princesse de Clèves. A corte do livro se transformou no colégio, e “as belas pessoas” desta corte, são os adolescentes de nossos dias.
A obra - La Princesse de Clèves (1678), de Madame de La Fayette
La Princesse de Clèves é mencionado na história da literatura ocidental como o primeiro romance psicológico, e um dos primeiros romances modernos da literatura francesa. Pela primeira vez, as ações das pessoas são encaradas e compreendidas através dos respectivos sentimentos que lhes servem de pano de fundo.
Trata-se de uma história de amor entre Madame de Clèves, uma mulher casada, mas fiel a um marido que não ama, e um homem que ela pouco conhece, duque de Nemours. Sem suportar lidar com o amor proibido que nutre por outro homem, confessa ao marido seus sentimentos, que, por mágoa, adoece e falece logo depois. Então livre para viver essa relação, é a razão que a guiará: para manter-se fiel à memória do falecido marido, Madame de Clèves recusa esse amor e desaparece da corte.
O romance já recebeu outras interpretações cinematográficas: entre elas, o longa La Princesse de Clèves, de Jean Delannoy, em 1961, e A Carta, de Manuel de Oliveira, em 1999.
Ficha técnica
Título original: La Belle Personne
França, 2008, 90 minutos
Direção: Christophe Honoré
Roteiro: Christophe Honoré e Gilles Taurand, livremente inspirado no romance de Madame de La Fayette
Direção de Fotografia: Laurent Brunet
Música: Alex Beaupain, Naïve
Edição: Chantal Hymans
Direção de Arte: Emmanuelle Cuillery
Produção: Sophie Barrat, Florence Dormoy e Joëy Faré
Distribuição nacional: Imovision
Elenco
Léa Seydoux - Junie
Louis Garrel - Nemours
Grégoire Leprince-Ringuet - Otto
Esteban Carjaval Alegria - Mathias
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