ARTIGO-EDITORIAL: Preparação Festival do Rio 2013
Cinema

ARTIGO-EDITORIAL: Preparação Festival do Rio 2013


Por Fabricio Duque

Antes do leitor-espectador iniciar esta leitura, nós o aconselhamos ouvir músicas clássicas, especialmente Pachelbel em ?Cânone? (estimula o intelecto) e Chopin em ?Ipromptu N2 em Fá Sustenido, Op.36? (estimula a fértil imaginação), para que acalme a ansiedade que antecede o Festival do Rio 2013. Assim, com as devidas trilhas sonoras mencionadas, já podemos traçar prévias análises no começo desta quase "esquizofrênica" maratona cinematográfica. 


Por mais que se prepare sistemática e metodicamente, um festival de cinema é sempre um evento megalomaníaco. São inúmeros filmes a pulular a lista de um cinéfilo. E há necessidade de uma organização quase extraterrestre.

 Neste ano, a equipe do festival carioca está de parabéns. O SITE já concluído, e com informações diárias, está ajudando previamente a estruturação dos espectadores no que vem por aí. Assumindo de trazer os destaques dos maiores festivais do mundo, Cannes (veja AQUI a cobertura completa do Vertentes do Cinema),  Veneza (saiba AQUI sobre a edição 2013), Berlim (saiba AQUI sobre a edição 2013), Sundance (saiba AQUI sobre a edição 2013), Toronto(saiba AQUI sobre a edição 2013), Locarno (saiba AQUI sobre a edição 2013) e San Sebastián (saiba AQUI sobre a edição 2012), o Festival do Rio adentra na perfeição da logística projetada. Talvez por causa da vivência da diretora do Festival do Rio, Ilda Santiago (assista AQUI a entrevista do ano passado), como jurada do Un Certain Regard no Festival de Cannes deste ano (assista AQUI o vídeo realizado em Cannes).

Em plena celebração da temporada Brasil+Alemanha 2013-2014, o Foco Alemanha exibe o cinema plural e de numerosa produção autoral produzido atualmente no país; os últimos lançamentos e os destaques da indústria alemã, e cinco clássicos (?A Princesa das Ostras?, ?A Última Gargalhada?, ?Diário de Uma Garota Perdida?, ?Dr. Marbuse 1 e 2?), restaurados pela Fundação Murnau, fazem parte desta mostra. Entre os títulos, obras do próprio Murnau, de Fritz Lang, G.W. Pabst e Ernst Lubitsch. Há também uma seleção de um dos mais interessantes movimentos do cinema contemporâneo: a Escola de Berlim. Criado por um grupo de cineastas que começou sua produção na virada do século, os filmes têm em comum os temas da Alemanha de hoje e o forte teor colaborativo.

O filme de abertura será ?Amazônia?, com exibição em 3D da coprodução Brasil-França. Seguindo com as já conhecidas mostras: Première Brasil (veja AQUI a programação), Mundo Gay, Expectativa (dividindo espaço com a novidade Expectativa: Vanguarda), Panorama do Cinema Mundial (com a submostra Panorama: Grandes Documentaristas), DOC, Itinerários Únicos, Limites e Fronteiras, Mostra Geração (nesta edição dividida em Longas e Curtas-Metragens), Première Latina, Midnight Movies, Tesouros da Cinemateca e o encerramento com a estreia mundial do longa "Serra Pelada", de Heitor Dhalia.

Como sempre, há as mostras-homenagem paralelas. Neste ano, a obra da alemã Ulrike Ottinger, diretora de filmes como Sob a neve e Freak Orlando; do americano Paul Schrader, diretor de filmes como Marca da Pantera e Gigolô americano; além de roteirista de Taxi Driver de Touro indomável (e que apresenta seu novo filme ?The Canyons?? leia AQUI a crítica); da francesa Claire Simon, diretora de filmes como As oficinas de Deus e Custe o que custar; do francês Alain Guiraudie, diretor de filmes como O Rei da Fuga (leia a crítica AQUI) e Os fortes não descansam (e que apresenta seu novo filme ?Um Estranho no Lago? ? premiado no Festival de Cannes deste ano); e homenagem à atriz do cinema americano Goldie Hawn, que vem ao Brasil para o evento da amfAR, fundação de luta contra a Aids. A mostra conta com três dos mais importantes filmes da estrela (?A Morte Lhe Cai Bem?, ?O Clube das Desquitadas? e ?Shampoo?).


Há também a nova mostra TEC, que se debruça sobre o impacto da internet, mídia e novas tecnologias de informação e interação nas relações entre indivíduos, grupos sociais, povos e governos, além de seus inevitáveis desdobramentos na contemporaneidade (Napster, Google, Wikileaks, Pirate Bay, a TV do Afeganistão e a vida.com). 



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