Cinema
Belas Artes, SP-Arte e a Mostra de Performance Arte VERBO
“Reflexos” do artista Felipe Vasconcellos e a “Herança do Silêncio” de Anna Leite Bigão são duas performances que serão apresentadas nesta 11ª edição da SP-Arte BELAS ARTES, SP-ARTE E A MOSTRA DE PERFORMANCE ARTE VERBO FECHAM PARCERIA PARA APRESENTAR SETOR DE PERFOMANCE NA 11ª EDIÇÃO DA MAIOR FEIRA DE ARTE DA AMÉRICA LATINAHomenagem a Lee Byars será destaque no programa Open Plan. A performance desse artista histórico será reencenada por alunos do Curso de Artes Visuais da Belas Artes
O Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, instituição de ensino superior referência no Brasil, vai participar da 11ª edição da SP-Arte, Feira Internacional de Artes de São Paulo, que acontece entre os dias 09 e 12 de abril. Alunos e ex-alunos apresentarão performances durante todos os dias do evento que acontece no Pavilhão da Bienal.
A parceria com a SP-Arte e a Mostra de Performance Arte VERBO (iniciativa da Galeria Vermelho) tem como objetivo disseminar a performance como parte do que se conhece hoje como arte de vanguarda, ampliar a visibilidade de seus artistas (alunos e ex-alunos) e, também, homenagear os 90 anos da instituição e do curso de Artes visuais - o primeiro a ser oferecido por ela (implementado ainda em 1925).
O curso de Artes Visuais da instituição vem formando artistas que não apenas conhecem a história, como também contribuem para os desdobramentos contemporâneos da performance. O curso foi um dos primeiros no país a incluir disciplinas de performance em sua matriz curricular.
“Este mercado de arte está em crescimento no Brasil. Algumas galerias em São Paulo tem se empenhado em criar eventos de performance e repensar modelos para difundir, discutir e comercializar essa produção, como a Mostra de Performance Arte VERBO, criada em 2005 pela Galeria Vermelho, com o intuito de ampliar o campo para a prática e discussão da performance. E, a SP-ARTE é um lugar de encontro, instância relevante para recolocar questões relativas à performance no interior do sistema da arte”, explica o professor Cauê Alves, coordenador do curso de Artes Visuais do Centro Universitário e curador assistente do Pavilhão Brasileiro da Bienal de Veneza 2015.
A SP-Arte é o evento mais importante do mercado de Arte da América Latina e reúne galerias de todo o país e de vários lugares do mundo. Este ano, a feira oficializa a incorporação da performance ao seu programa oficial com o Setor Performa, mas desde 2007 permite a realização independente e voluntária por artistas de performance.
O Setor Performa: espaço de ação, com curadoria de Juliana Moraes, professora da instituição, e
Marcos Gallon, diretor artístico da Mostra de Performance Arte VERBO, contará com treze artistas apresentando performances de própria autoria e será um campo não só para a prática, mas também para discussão da performance e de seus processos de documentação.
Além disso, dez estudantes de Artes Visuais da instituição vão reproduzir uma performance de James Lee Byars, artista minimalista, performático e conceitual que foi um dos personagens mais intrigantes que agitou o cenário de arte internacional ao longo da segunda metade do século XX, precursor de performance na arte contemporânea. Os alunos vão se revezar na apresentação de “Breath (Two in a Hat)”, a obra mais minimalista entre as diversas performances “sociais” concebidas por Byars, que consiste em dois performers unidos por um chapéu, convidados a respirarem em uníssono, como em uma comunicação yoga. Serão entre quatro e cinco atos diários de cerca de uma hora cada, em todos os dias do evento.
Como apresentação desta parceria, no dia 23 de março às 11 horas, a Belas Artes receberá Maurício Ianês, reconhecido artista de performance, Marcos Gallon, Ivo Mesquita, curador da 28ª Bienal de São Paulo ex-diretor da Pinacoteca de São Paulo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, e o professor Cauê Alves, para uma discussão sobre a Performance como Arte e suas relações com o mercado. O debate será aberto ao público e todos os interessados pelo tema poderão participar da discussão e tirar dúvidas.
Sobre o Centro Universitário Belas Artes de SP
O Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, fundado em 23 de Setembro de 1925, desde seu inicio, ainda com o nome Escola de Belas Artes, proporcionou um espaço para o diálogo, troca de conhecimento, desenvolvimento da criatividade e expressão pessoal. Na década de 30, a Escola criou um forte laço com a Pinacoteca do Estado de S. Paulo, ficando responsável por seu acervo durante sete anos e até, no período de 44 anos dividiram o mesmo prédio. Atualmente, o Centro Universitário conta com três unidades, todas localizadas no bairro Vila Mariana, em São Paulo.
A criatividade continua como a característica mais forte da Instituição, que está alinhada com os novos rumos da economia do país. A indústria criativa movimentou R$ 110 bilhões em 2011, segundo estudo recente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), que considerava estudos da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). Dos 14 segmentos de atuação considerados pela economia criativa, 10 são contemplados na Belas Artes. Ao todo a Instituição oferece 12 opções de graduação e 16 em pós-graduação.
Esse ambiente criativo e estimulante é proporcionado pelo caráter interdisciplinar dos cursos, a qualificação dos professores e a infraestrutura completa, com uma Biblioteca que oferece mais de 140.000 títulos, laboratórios de última geração, entre outros. Além disso, a Belas Artes oferece apoio e experiência de mercado aos alunos, através do programa de Coaching e a vivência em diversos tipos de projetos nos programas da central de extensão. Estes são aspectos favoráveis à formação diferenciada do futuro profissional, que poderá exercer a carreira escolhida com competência e personalidade.
www.belasartes.br
Sobre a SP-Arte
A SP-Arte – Feira Internacional de Arte de São Paulo – foi criada em 2005 e hoje é o mais relevante evento do mercado das artes no hemisfério sul.
O evento reúne galerias de arte do Brasil e de vários lugares do mundo e apresenta, em cinco dias, uma oportunidade única para se travar contato com obras, artistas, curadores e outros profissionais do sistema das artes.
A Feira é enriquecida, ainda, desde 2005, por prêmios de residência e em dinheiro dados a artistas, prêmios profissionalizantes como foi o laboratório cultural em 2012, 2013 e 2014, atividades culturais de debates e entrevistas, e setores dedicados como o Núcleo Editorial [com a presença de revistas, editoras de livros de artista, lançamentos de livros e uma exposição especial dedicada ao tema], o SOLO e o de grandes instalações.
O reflexo da realização desse evento pode ser visto em toda a cidade, com a programação dos museus, centros culturais, galerias e visitas especiais a essas instituições, coleções privadas e ateliês de artistas.
Sobre a Galeria Vermelho e a Mostra de Performance Arte VERBO
Após treze anos de existência, a Vermelho estabeleceu-se como uma alternativa à rigidez dos espaços comerciais dedicados à arte, incentivando novas ideias e discursos desenvolvidos por artistas emergentes e já estabelecidos.
Projeto concebido por Eliana Finkelstein e Eduardo Brandão, a galeria foi inaugurada em 2002, após um intenso processo de reconfiguração e restauro de três pequenas casas localizadas na vila de número 350, da Rua Minas Gerais, em Higienópolis (SP). Criado e desenvolvido pelos arquitetos Paulo Mendes da Rocha e José Armênio de Brito Cruz, o projeto incorporou espaços expositivos à estrutura arquitetônica já existente, além de transformar o terreno que separa as três casas da rua em uma grande praça aberta sobre o fundo de 120m2 da fachada do prédio principal. Nessa imensa parede, já foram apresentados noventa projetos que incluem pinturas, colagens, escavações, projeções, instalações e prospecções.
Em 2007, novos espaços expositivos foram integrados ao prédio original. Também criado por Mendes da Rocha e Brito Cruz o projeto agregou à área expositiva existente a sala 3, além de um jardim externo que abriga a apresentação de esculturas e instalações. Junto a essa ampliação, também foi criado o Tijuana, espaço expositivo apto a mostrar obras de formato incompatível com o espaço tradicional, especialmente os livros de artista. Em 2009 foi realizada a primeira Feira de Arte Impressa do Tijuana, reunindo editores que se dedicam à publicação de livros de artistas e edições especiais. A feira acontece atualmente na Casa do Povo e em 2014 teve sua primeira edição internacional em Buenos Aires. A partir de 2010, o Tijuana começou a publicar seus próprios livros de artistas, através do selo Edições Tijuana.
Projeto criado pela Vermelho em 2005, a mostra de performance arte VERBO já se consolidou no calendário de eventos culturais de São Paulo. Evento anual, a VERBO tem como objetivo promover discussões e apresentar trabalhos de artistas e teóricos cujo conteúdo aponte para questões atuais que expandam o campo da performance, incluindo, nesse sentido, criadores do campo da dança, teatro, literatura, poesia e da música.
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