“15 Bilhões de Fatias de (-t)+Deus”, uma curta-metragem de animação realizada por Cláudio Jordão e produzida pelo Cine-Clube de Avanca, Kotostudios e Filmógrafo, acaba de ser seleccionada para a competição oficial do “Art Film Festival”, uma organização que acontece paralela ao Festival Internacional de Cinema de Cannes.
“15 Bilhões de Fatias de (-t)+Deus” é o único filme originário da Península Ibérica que integra a selecção oficial do festival. Decorrendo durante os primeiros dias do Festival de Cannes, desde 2011 o “Art Film Festival” passou a ser o espaço que nesta cidade da Côte d'Azur selecciona e exibe no ambiente do maior evento do cinema mundial, filmes de arte.
Este ano, o convidado especial do festival e simultaneamente Presidente do Júri, é o criador chinês Yang Zhenzhong. “Art Film Festival” estabelece em Cannes um encontro entre o cinema experimental e o mercado mundial de galerias de arte.
Com a voz dos actores Teresa Chaves, Carlos Duarte e Nelson Martins, todo o filme se envolve numa inesperada conversa familiar, numa aparente brincadeira, onde a origem do Universo é a chave de todas as questões.
Numa altura em que a investigação científica dá enormes passos no sentido de se perceber como tudo se iniciou, “15 Bilhões de Fatias de (-t)+Deus” inicia-se por onde reza a História, ou seja, parece que tudo começou com uma Grande Explosão. A questão é... porquê?
“15 Bilhões de Fatias de (-t)+Deus” é um filme que recorre, numa utilização invulgar à imagem de síntese, foi produzido por António C. Valente e conta com música do compositor Joaquim Pavão.
Este filme, que abriu o Festival AVANCA'12, foi entretanto exibido na selecção oficial de festivais de cinema de Alemanha, Brasil, Chile, França, Grécia, Índia, Itália e Letónia. O festival “24h of Nuremberg International Film Festival (Alemanha), atribuiu-lhe ex-aequo a distinção “Award Best of 24h”.
Cláudio Jordão é o autor do argumento, da animação, e da realização e este é o seu quarto filme de autor onde a imagem de síntese tem estado sempre presente.
Formado em Design pela Universidade do Algarve, onde leccionou uma unidade curricular de animação, realizou em 2003 o seu primeiro filme “Super Caricas”. Esta obra que foi exibida no festival AVANCA, iniciou um percurso de filmes únicos na cinematografia portuguesa onde a imagem 3D tem uma forte identidade. O filme seguinte, “Esperânsia”, viria a ser muito premiado em vários países, antevendo-se o sucesso que marcou o filme posterior. “Conto do Vento”, que co-realizou com Nelson Martins, viria a participar em mais de 60 festivais internacionais de cinema e, com 22 prémios, é hoje o filme português de animação mais premiado de sempre.