Cinema
Confira - Crítica de livro: A PIADA MORTAL
PIADA MORTAL OU IMORTAL?
ALAN MOORE
?A loucura é a origem das façanhas de todos os heróis?
É senso comum, e ao mesmo tempo insano, dizer que Gibi é coisa de criança no Brasil. Consequentemente ainda sou visto como ?adolescente? por não ter vergonha de assumir que leio revista em quadrinhos sim e que tenho orgulho disso.
Faço uma ousada sugestão aos meus queridos amigos ?adultos?: leiam A Piada Mortal, de Alan Moore. Se ao término dessa obra de arte (e não gibi como a maioria quer pensar) o cidadão ainda acreditar que gibis são para crianças e adolescentes eu coloco fogo em uma das minhas 5 camisetas do Coringa.
Alan Moore é, em minha visão, o maior artista dessa arte no mundo. Suas obras são densas, como Shakespeare, e reflexivas, do ponto de vista sociológico como John Locke. Isso sem contar que existe muito de Freud nas obras desse escritor inglês. Em A Piada Mortal ele ousa de forma cruel, sádica, insana e maliciosa nos contar como a loucura pode estar tão próxima de todos nós. Aqui a insanidade é o tema principal. Ele precisou de muita eficácia para narrar, de forma tentadora e delirante, a possível biografia do personagem Coringa.
Quem conseguir apagar da memória o seriado do Batman, da década de 60 em que o humor juvenil era a espinha dorsal, e enxergar a profundidade dos questionamentos levantados nessa obra-prima dos quadrinhos, terá em mãos uma leitura imperdível, comovente, eletrizante e cruel.
Aqui vemos como Bárbara Gordon virou deficiente física de forma dolorosa, triste e tocante. Alguns desavisados dizem que nas revistas em quadrinhos tudo pode acontecer: heróis morrem e voltam a viver. Bobagem de quem não conhece a sério essa arte. Bárbara Gordon, conhecida como Batgirl, virou paraplégica em 1988, ou seja, mais de 20 anos atrás e aviso: ela ainda continua numa cadeira de rodas. Portanto nas revistas em quadrinhos também existem ?regras?. Mas, são princípios artísticos.
No entanto, não pensem que A Piada Mortal possui apenas tortura para o leitor com esse sofrimento. Ao querer mostrar que todos, com um dia ruim podem ficar loucos como ele, Coringa (meu personagem mais querido) ainda consegue inserir piadas, mesmo que de mau gosto, para o seu público.
Uma obra imprescindível e imperdível para quem ousa sair do senso comum. Aos estudantes de psicologia diria que é fundamental para a compreensão da mente humana. Alan Moore, talvez, seja discípulo de Freud no entendimento humano, ou será que tudo não passa de uma piada mortal?
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