Convite - Sessão de Apresentação de Cinema Português - Um País Imaginado

Os dois volumes de "Cinema Português - Um País Imaginado", de Leonor Areal, publicados pelas Edições 70, são apresentados esta sexta-feira (9 de Dezembro), pelas 18h00, na Livraria Babel da Cinemateca Portuguesa. A obra será apresentada pelo Prof. Paulo Filipe Monteiro, pela realizadora Margarida Gil e pela Dra. Maria João Madeira, da Cinemateca Portuguesa. "Cinema Português - Um País Imaginado" resulta da investigação realizada por Leonor Areal no âmbito do seu doutoramento em 2009, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, complementada, entretanto, com mais dados nesta publicação."O resultado extenso deste trabalho assemelha-se um pouco a uma história estética e representacional do cinema português, mas bastante sustentada na atenção analítica a cada objecto", adverte a autora na introdução. Depois, nas diversas metodologias utilizadas, foi inevitável "sair dos estudos fílmicos para fazer aproximações a outras áreas de investigação - as ciências sociais, os estudos culturais, os estudos literários, a historiografia - num cruzamento intencional destas perspectivas."

A obra é dividida pelo 25 de Abril de 1974, com o primeiro volume a debruçar-se exaustivamente sobre o cinema português desde os anos 50 até à revolução de 1974 e o segundo a partir daí até 1980. Para os filmes posteriores a esta data, a autora seleccionou um conjunto de obras que dão continuidade a vectores temáticos e estéticos previamente identificados. E dedicou, ainda, uma especial atenção à carreira de dois nomes centrais do cinema português: Manoel de Oliveira e João César Monteiro. A organização segundo categorias diversas, seja por representação geográfica, temática ou descrição social, reflectindo várias correntes (o cinema conformista, o resistente, o neo-realismo, o Novo Cinema, o cinema livre), permite leituras muito diversas. Em suma: "Cinema Português - Um País Imaginado" passa a ser, não só uma obra fundamental para estudantes e investigadores, mas também um livro indispensável para os espectadores mais curiosos.

Tweet