Crítica - Como Água Para Chocolate (1992)
Cinema

Crítica - Como Água Para Chocolate (1992)


Realizado por Alfonso Arau
Com Marco Leonardi, Lumi Cavazos, Regina Torné

Esta é uma adaptação para a grande tela do best-seller homónimo de Laura Esquível. Em Como água para chocolate é-nos apresentada uma visão muito feminina do México rural do início do século XX. Remetendo sempre para receitas culinárias, o argumento, da autoria da própria Laura Esquível, conta-nos a história dos amores proibidos entre Pedro Muzquiz (Marco Leonardi) e Tita (Lumi Cavazos). Tita está impedida de contrair matrimónio pois, segundo a tradição da sua família, sendo ela a mais nova teria que cuidar da mãe até morrer. Para contrariar este impedimento, Pedro casa com a irmã mais velha de Tita, podendo assim estar perto da mulher que deseja, mas esse desejo tarda a ser consumado embora a tensão sexual entre ambos se intensifique a cada cozinhado desta. Só ao fim de vinte e dois anos os dois amantes conseguem finalmente ficar juntos, e é tal a imensidão desse encontro que ambos ardem no fogo que magicamente atearam.
Reside aqui o encanto deste filme, que muito deve ao extraordinário argumento. O modo como os sentidos do espectador são convocados remete-nos para o misticismo e sensualidade mexicana, onde as mulheres amam com paixões avassaladoras e onde a dor pode matar. A fotografia do filme também contribui para esta delícia sensorial. As texturas da pele, o calor da chama tornam-se palpáveis nas imagens de Emmanuel Lubezki. Lumi Cavazoz interpreta com mestria a sexualidade simultaneamente reprimida e explosiva de Tita. Já Marco Leonardi é deliberadamente colocado em segundo plano num filme onde as mulheres imperam. Não é certamente uma obra que procure o grande público, mas, para além de ser uma excelente adaptação do romance, é também uma delícia de filme. Cómico, guloso, sensual é uma ode às mulheres latinas, aos seus segredos e poderes misteriosos.

Classificação - 4 Estrelas Em 5



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