Crítica - Endless Love (2014)

Realizado por Shana Feste 

Com Alex Pettyfer, Gabriella Wilde, Robert Patrick 

Se o filme original protagonizado por Brooke Shields e Martin Hewitt em 1981 já fez má figura, então o que dizer este remake moderno protagonizado por Gabriella Wilde e Alex Pettyfer, que faz justiça ao título já previsto por todos nós de péssimo e prescindível remake de uma longa-metragem já de si vazia e sem sentido, características essas que são bem repetidas e até exponenciadas nesta versão realizada por Shana Feste, que também segue os previsíveis desenvolvimentos do romance pseudo ardente entre uma rapariga privilegiada e um rapaz carismático, que vivem então um caso de amor que não é aprovado pelos pais da jovem. 

   

Enfim, ?Endless Love? é o típico filme sem contexto ou verdadeira emoção cujo visionamento só se justifica num dia tão invulgar como o Dia de São Valentim/ Dia dos Namorados, porque só no espírito de romance e melosidade característico deste dia é que uma pessoa conseguirá ultrapassar e perdoar as múltiplas falhas deste projeto, que em qualquer outra altura faz transparecer as suas verdadeiras cores. A ideia de o lançar nos cinemas por esta altura foi, portanto, bem pensada, porque assim haverá sempre quem arrisque perder-se, pelo bem do espírito deste pequeno dia comercial, num filme pobre em qualidade e, verdade seja dita, com uma componente romântica aparentemente convidativa mas que, em última análise, não passa de um exercício oco e vazio de romantismo barato, onde reinam os típicos clichés deste tipo de filmes. É por isso que, mesmo que veja este filme num estado de romantismo puro, poderá ainda assim ser apanhado por uma onda de aborrecimento que a toda a hora acompanha a banalidade do guião, que por sinal também é protagonizado por duas jovens estrelas sem qualquer carisma para credibilizarem o romance que as suas respetivas personagens vivem. Eu acredito que seja melhor deixar passar este ?Endless Love?, porque sinceramente não vale a pena o esforço, nem mesmo para uma saída romântica.