Crítica - Five Minutes of Heaven (2009)

Com Liam Neeson, James Nesbitt, Anamaria Marinca

Oliver Hirschbiegel é o talentoso realizador alemão que nos apresentou em 2004 o fabuloso ?Downfall? (ou ?Der Untergang? no original alemão), um filme que trouxe uma nova visão sobre as atrocidades do nazismo e deu nova vida a Hitler e mais concretamente, à sua queda. Assim sendo estava curioso por ver este ?Five Minutes of Heaven?, um filme que aborda os períodos conturbados da guerra entre católicos e protestantes na Irlanda.
Alistair Little é um jovem protestante como tantos outros que em plena guerra civil se pretende afirmar como homem, ansiando fazer parte da guerra e contribuir para os ideais do seu grupo. Desta forma acaba por aceitar uma missão que tem como objectivo matar um jovem católico. Little mata o jovem mas a missão não corre como o esperado, pois um menino (irmão do jovem que Little acabara de matar) assiste a tudo. Por se tratar de uma criança, Little decide poupar-lhe a vida e abandona o local. Vários anos mais tarde, essa criança de seu nome Joe Griffen torna-se um homem nervoso, inseguro, atormentado pelos fantasmas de um passado trágico. Quanto a Little (interpretado pelo sempre competente Liam Neeson) sai da prisão e assume como objectivo de vida reconciliar-se consigo mesmo e expiar os pecados do seu historial.
A dada altura um programa de televisão de moral algo duvidosa convida Little e Griffen (Nesbitt) para um frente-a-frente onde ambos possam ter a oportunidade de se conhecer, falar e procurar esquecer as feridas do passado. O único problema é que um deles procura a reconciliação, enquanto o outro só pensa na vingança.