Crítica: A Mulher de Preto (The Woman In Black)
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Crítica: A Mulher de Preto (The Woman In Black)




Não sou um grande fã de terror e confesso que não costumo assistir o gênero, principalmente quando estamos falando de espíritos ou coisas do tipo, mas mesmo assim às vezes me arrisco e fico alguns dias sofrendo com minha imaginação fértil. A chance de ver Daniel Radcliffe atuando em uma produção diferente de Harry Potter me motivou a garantir algumas noites mau dormidas, o que de fato não quer dizer que o filme seja assustador, pois sou eu que sou frouxo sobre o assunto mesmo.

Seu novo trabalho é um filme de terror baseado no romance homônimo de Susan Hill. A história está centrada em um advogado, de nome Arthur Kipps, que perdeu sua esposa durante o parto de seu filho e que passando por um aperto financeiro se vê forçado por sua empresa a viajar por alguns dias para se dedicar a organizar a papelada da venda de uma casa em um pequeno vilarejo. Para ele, este era apenas mais um trabalho comum, mas o falecimento dos proprietários da mansão garantem a ela o total abandono e crenças que o a população costumam contar. Segundo eles, há um mistério ao redor da casa, que termina assassinando crianças sem grande explicação. Sam Daily, um morador da região, decide acolher o jovem e tentar ajudá-lo em sua missão.

Mesmo não sendo um espectador nato do gênero, posso dizer tranquilamente que este é um filme que se apoia em praticamente todos os clichês possíveis. A história é deixada para segundo plano e o que rege seu desenvolvimento são os sustos, que com o passar do tempo vão se tornando previsíveis, mas que quase sempre tomamos. Outras coisas são nítidas em quase toda produção: Mensagens em vermelho por detrás dos papéis de parede, ninho de corvos e um cemitério no jardim. A direção de arte talvez seja a única coisa a se destacar, pois trabalha bem o tom sombrio, cores escuras e cenários fantasmagóricos. A trilha sonora só serve para baixar o volume na hora de um grito ou algum som brusco que irá fazer a gente dar aquela tremidinha não prevista, mas não se destaca nem um pouco.

Daniel Radcliffe não muda de expressão um segundo sequer e continua entregando um atuação mais esforçada do que qualificada. Ele realmente tenta mostrar que é um bom ator, mas ao menos para mim, não dá para engolir muito seu semblante. Ele melhorou muito desde a primeira vez que atuou, mas ainda precisa ser mais presente e transmitir mais confiança. A única coisa realmente boa a se dizer sobre ele é o fato dele ter conseguido que não fizéssemos comparações com seu personagem mais marcante. Talvez por isso mesmo que ele tenha partido para um gênero bem diferente do que estávamos acostumados a lhe ver. ... - A cena do machadinho heroico foi pífia -....desculpe-me mas tinha que falar.

Não conheço a história original, mas na velha pesquisa que fazemos antes de escrever um texto, soube que modificaram o final. Não sei detalhes, mas posso dizer que este aqui termina em mais um clichê do gênero "aquilo que foi, mas não é e não foi". É uma produção que vai dar sustos, causar medo e deixar encucado pessoas medrosas, como eu, mas que para quem gosta de um bom terror vai ser um completo caos. Pensando com o senso comum classificaria a obra como um mero mediano.


Trailer do Filme:



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