Crítica: Ao Sul da Fronteira (South of the Border)
Desde o ano passado quando fui fazer presença no VI Seminário Internacional de Cinema (SemCine) aqui em Salvador estava com vontade de assistir ao documentário Ao Sul da Fronteira. A programação do SemCine faria uma amostra do documentário e infelizmente no dia não pude ir, terminei assistindo o encerramento com direito ao filme Dawnson, Isla 10. Como sempre a péssima distribuição dos filmes no Brasil fizeram que nunca mais este filme desse as caras por aqui, eis que nessa semana eu pude conferir finalmente essa obra agora em DVD e Blue-Ray nas prateleiras de nossa parceria a Video Hobby.
Partindo da Venezuela, o renomado cineasta Oliver Stone (Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme, Wall Street - Poder e Cobiça, Platoon) percorre países da América do Sul entrevistando seus presidentes. O documentário traça um panorama desses governos de esquerda no continente. Ao longo da película Stone examina as políticas econômicas de livre mercado historicamente impostas pelos Estados Unidos e pelo FMI na região, e como elas falharam em aliviar o problema crônico da desigualdade social na América Latina contribuindo para a ascensão de líderes socialistas e social-democratas na região.
Gosto da maioria dos filmes de Stone mas fica óbvio que os documentários não são a sua praia, o produto final é por vezes confuso, não sendo muito claro em muitos momentos. Como uma produção que expressa a opinião do cineasta, é bem interessante, mas falta profundidade dentro do material. Parece mais um amigo fazendo uma produção para defender Hugo Chávez. Algumas passagens mostram-se extremamente desnecessárias ou não tem muitos fundamentos como: jogar bola com Evo Morales, pedir uma folha de coca para mascar sem discutir na entrevista com o presidente boliviano os fundamentos e que tornam isso uma tradição no país; além da entrevista com o presidente paraguaio, que foi tão rápida e superficial que poderia ter sido perfeitamente cortada do filme entre outras coisas.
Se compararmos este documentário com produções de Michael Moore (Tiros em Columbine, Fahrenheit 11 de Setembro, Capitalismo: Uma História de Amor) ou Sam Dunn (Global Metal, Metal - Uma Jornada Pelo Mundo do Heavy Metal), dá para perceber que a dinâmica é bem mais fraca. Dunn e Moore são muito mais sedutores do que Stone, que também não tem uma boa didática. Mas ainda assim Ao Sul da Fronteira é uma boa pedida, aborda um tema não explorado e pouco conhecido, além de mostrar o quanto a imprensa americana é tendenciosa e xenófoba. Servirá então para aqueles que queiram conhecer o outro lado da história e entender a ascensão de Chavéz e seus colegas presidentes de tendências mais esquerdistas na américa do sul.
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