Quem acompanha o Cinema Detalhado sabe que me visto com um capuz de humor negro para assistir os filmes de Jason Statham (Assassino a Preço Fixo). Em Blitz, seu novo, velho, filme, mais uma vez ele interpreta um personagem linha dura que sai dando pancada em todo mundo e nunca leva sequer um troco. A única coisa que muda para ele é se será um assassino, um traficante ou um policial, pois as atitudes são as mesmas, as feições as mesmas e as caras as mesmas. Para mim, Statham é quase um Chuck Noris do novo século e está fadado a fazer filmes de ação, que lhe exijam nada mais do que vigor físico.
A trama é baseada no livro de Ken Bruen e mostra a vida do sargento Brant, que não está fácil, pois o esquadrão em que trabalha está as moscas e ele está sob julgamento por agredir um psicólogo policial; a esposa do inspetor chefe Roberts morreu em um acidente de carro, e ainda tem a insistente policial Falls, que tenta se encaixar na equipe. Além destes problemas e da chegada de um novo chefe na divisão, Brant começa um jogo de gato e rato para pegar um novo assassino, chamada de ?The Blitz?, que começou uma onda de sangue assassinando policiais que fazem batidas pela cidade.
Não tem como comentar esse filme sem englobar uma crítica toda em torno do seu ator principal, pois como sempre, ele agora faz parte de mais uma produção fraca, que termina sendo interessante como filme de ação e passatempo para os que já estão acostumados com sua linha de atuação. Blitz é totalmente previsível e não deixa nenhum mistério no ar, todos sabem como será o fim e só precisamos ficar sentados na frente da televisão para conferir mortes após de mortes e enfim levantar aquela velha placa ?Eu Já Sabia?. Outro grande erro da produção é tentar criar uma história paralela sobre uma policial que é viciada e que luta para não ter uma recaída. A introdução desta subtrama é completamente desnecessária e tanto não acrescenta em nada, que foi tratada de forma mais superficial que o enredo principal.
Como de praxe, apesar de apontar mais erros do que acertos, vou terminar considerando o filme no mínimo digno do seu gênero e voltando a dizer que é bom assisti-lo com uma espécie de humor negro nas veias, que apenas irão rir do fato de Statham bater em praticamente todo mundo e não levar sequer um soco de troco. É um passatempo que não irá acrescentar em nada a vida das pessoas, mas que não deixa de ser eficaz ao tratar de adrenalina, ritmo e violência. Ingredientes que não podem faltar em um bom filme de ação.
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