Cinema
Desde que assisti ao filme Besouro no ano passado fiquei traumatizado quando os publicitários brasileiros ganham a oportunidade de dirigir um longa nacional. Bruna Surfitstinha era muito aguardado por tratar da maior celebridade virtual tupiniquim e também por ter como protagonista a bela Deborah Secco. Sobe a direção de Marcus Baldini o filme até que não faz feio, mas não segue algumas coisas essenciais do livro de sucesso no qual se baseou (O Doce Veneno do Escorpião).
No longa aos 17 anos, Raquel se sente desajustada na escola, onde é ridicularizada pelos colegas, e em casa, onde vive em conflito com a família. Um dia, a menina de classe média toma uma decisão surpreendente: virar garota de programa. Ela foge de casa evai trabalhar sobe as dordens de Larissa (Drica Moraes - Quincas Berro D'Água ) num privê, onde as garotas moram e recebem clientes. Adota o nome de Bruna e fica amiga daquelas mulheres, como a intempestiva Janine. Ali conhece Huldson (Cassio Gabus Mendes - Chico Xavier), que vai se empenhar em tirá-la da prostituição.
De ingênua e desajeitada, Bruna se torna a garota de programa mais disputada do lugar e a que mais ganha dinheiro. Conhece a sofisticada Carol, que lhe mostra a prostituição de alto luxo, e aluga um flat para receber seus próprios clientes. A fama nacional vem quando, com o nome de Bruna Surfistinha, passa a contar num blog suas aventuras sexuais e afetivas como garota de programa. Mas Bruna vê seu dinheiro e sua saúde serem consumidos pela cocaína e quando chega ao fundo do poço, é hora de dar uma nova guinada em sua vida.
Uma coisa que me aborrece bastante nos filmes biográficos são as liberdades poéticas e infelizmente Bruna Surfistinha faz uso delas para deixar o filme dentro dos clichês. As ações de Bruna ficam amenizadas no longa, como a sua relação com a cleptomania e relação com o sexo usado como rebeldia. O uso de roupas de grife que essa utilizava na vida real inexiste e até o roubo de um colar de sua mãe que com o dinheiro ela compra coisas para si, no filme são passagens modificadas e que sustentam uma personagem muito vitimada. Outra passagens desnecessárias também são o encontro com o irmão e a ligação para sua casa, além de uma trajetória de redenção (a pessoa sofre, "sobe" na vida, despenca com seus próprios erros e depois se mantém-se estável e vive feliz para sempre - roteiro mais global impossível.)
Ainda que vivendo de clichês o filme é interessante especialmente por uma atuação segura de Deborah Secco, que consegue transitar pela tímidez e insegurança de Bruna até passar para uma mulher mais segura e sensual, ainda que a idade atrapalhe em alguns momentos de sua caracterização. O filme tem boas piadas também e conta com uma boa trilha sonora. Bruna Surfistinha não é um longa que vai revolucionar o mundo, mas vai ser divertido e ainda com as liberdades poéticas é interessante, um filme bem feito e de boa qualidade. Vale dar uma conferida.
Nota: 7,0
Trailer:
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- Bruna Surfistinha
Ficha Técnica Direção: Marcus Baldini Roteiro: Homero Olivetto, José de Carvalho, Antônia Pellegrino, baseados em livro de Raquel Pacheco Elenco: Deborah Secco, Cássio Gabus Mendes, Drica Moraes, Fabíula Nascimento, Cristina Lago, Guta Ruiz Fotografia:...
Cinema
Crítica: Bruna Surfistinha
Desde que assisti ao filme Besouro no ano passado fiquei traumatizado quando os publicitários brasileiros ganham a oportunidade de dirigir um longa nacional. Bruna Surfitstinha era muito aguardado por tratar da maior celebridade virtual tupiniquim e também por ter como protagonista a bela Deborah Secco. Sobe a direção de Marcus Baldini o filme até que não faz feio, mas não segue algumas coisas essenciais do livro de sucesso no qual se baseou (O Doce Veneno do Escorpião).
No longa aos 17 anos, Raquel se sente desajustada na escola, onde é ridicularizada pelos colegas, e em casa, onde vive em conflito com a família. Um dia, a menina de classe média toma uma decisão surpreendente: virar garota de programa. Ela foge de casa evai trabalhar sobe as dordens de Larissa (Drica Moraes - Quincas Berro D'Água ) num privê, onde as garotas moram e recebem clientes. Adota o nome de Bruna e fica amiga daquelas mulheres, como a intempestiva Janine. Ali conhece Huldson (Cassio Gabus Mendes - Chico Xavier), que vai se empenhar em tirá-la da prostituição.
De ingênua e desajeitada, Bruna se torna a garota de programa mais disputada do lugar e a que mais ganha dinheiro. Conhece a sofisticada Carol, que lhe mostra a prostituição de alto luxo, e aluga um flat para receber seus próprios clientes. A fama nacional vem quando, com o nome de Bruna Surfistinha, passa a contar num blog suas aventuras sexuais e afetivas como garota de programa. Mas Bruna vê seu dinheiro e sua saúde serem consumidos pela cocaína e quando chega ao fundo do poço, é hora de dar uma nova guinada em sua vida.
Uma coisa que me aborrece bastante nos filmes biográficos são as liberdades poéticas e infelizmente Bruna Surfistinha faz uso delas para deixar o filme dentro dos clichês. As ações de Bruna ficam amenizadas no longa, como a sua relação com a cleptomania e relação com o sexo usado como rebeldia. O uso de roupas de grife que essa utilizava na vida real inexiste e até o roubo de um colar de sua mãe que com o dinheiro ela compra coisas para si, no filme são passagens modificadas e que sustentam uma personagem muito vitimada. Outra passagens desnecessárias também são o encontro com o irmão e a ligação para sua casa, além de uma trajetória de redenção (a pessoa sofre, "sobe" na vida, despenca com seus próprios erros e depois se mantém-se estável e vive feliz para sempre - roteiro mais global impossível.)
Ainda que vivendo de clichês o filme é interessante especialmente por uma atuação segura de Deborah Secco, que consegue transitar pela tímidez e insegurança de Bruna até passar para uma mulher mais segura e sensual, ainda que a idade atrapalhe em alguns momentos de sua caracterização. O filme tem boas piadas também e conta com uma boa trilha sonora. Bruna Surfistinha não é um longa que vai revolucionar o mundo, mas vai ser divertido e ainda com as liberdades poéticas é interessante, um filme bem feito e de boa qualidade. Vale dar uma conferida.
Nota: 7,0
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O Deus Da Carnificina (Carnage)Realizado por Roman PolanskiCom Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph WaltzGénero ? DramaDuração ? 79 Min.País de Origem ? EUASinopse ? Os Longstreet e os Cowan reúnem-se civilizadamente para conversar a propósito...
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Ficha Técnica Direção: Marcus Baldini Roteiro: Homero Olivetto, José de Carvalho, Antônia Pellegrino, baseados em livro de Raquel Pacheco Elenco: Deborah Secco, Cássio Gabus Mendes, Drica Moraes, Fabíula Nascimento, Cristina Lago, Guta Ruiz Fotografia:...