Cinema
Como dizia Chacrinha, nada se cria tudo se copia. Hollywood adora as cópias, na verdade adora o que os produtores chamam de remake, uma nova versão de alguma produção de sucesso. Detenção é um remake de um filme alemão de razoável sucesso. Os vencedores de Oscar Adrien Brody (Predadores, Meia-Noite em Paris) e Forest Whitaker (RepoMen - O Resgate de Órgãos) protagonizam esse intenso thriller centrado em um grupo de homens comuns que, em busca de dinheiro fácil, se oferecem como voluntários em uma experiência científica.
Na história os personagens são confinados numa prisão abandonada no qual eles serão divididos em dois grupos, os prisioneiros e os guardas. O objetivo é analisar como o ser humano lida com as regras, o poder e o controle sobre o próximo. Em uma espécie de reality show violento. Esta experiência testará todos os limites. A recompensa, $2000 dólares. O experimento serve como investigação do comportamento agressivo em um ambiente de prisão simulada. São designados oito homens como guardas e doze homens como prisioneiros.
Enquanto os prisioneiros ficam trancafiados e são obrigados a obedecer as regras, os guardas são instruídos a manter a ordem. Mas dê a um homem um pouco de poder e ele comete coisas inesperadas. Tire de um homem seu orgulho e sua humanidade e ele acaba fazendo coisas talvez piores. Com o transcorrer dos dias, o poder e a autoridade combatem a rebelião e a desobediência com resultados cada vez mais violentos, apagando a linha entre o que é real e o que é o experimento.
Novamente como acontece muitas vezes em produções que não chegam nos cinemas nacionais a premissa é muito interessante, mas a execução nem tanto. O novato diretor Paul Sheuring assume o posto de levar para as telas essa trama, mas como é comum derrapa muito por falta de pulso e experiência, para aqueles que nunca ouviram falar ele é bastante conhecido como o criador da série Prision Break.
Se tem uma coisa que sempre salva as produções mais irregulares são as boas atuações e contar com dois ganhadores de Oscar ajuda bastante a este remake a ganhar alguns pontos. Tanto Brody quanto Whitaker mesmo atuando mais no automático do que brilhando por obra do dedo de Sheuring conseguem promover alguns momentos interessantes quando se confrontam, especialmente Whitaker que sai de um homem nulo e dominado pela mãe a um guarda monstro dominado pelo poder.
Detenção é mais um remake made in Hollywood que é bastante irregular as motivações de alguns personagens não ficam claras, alguns questionamentos morais poderiam ser mais explorados mas ainda assim conseguimos extrair algumas coisas boas. Serve como uma aposta em especial para os fãs dos dois belos atores que dão um boost no nível da produção.
Nota: 6,5
Trailer:
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Cinema
Crítica: Detenção (The Experiment)
Como dizia Chacrinha, nada se cria tudo se copia. Hollywood adora as cópias, na verdade adora o que os produtores chamam de remake, uma nova versão de alguma produção de sucesso. Detenção é um remake de um filme alemão de razoável sucesso. Os vencedores de Oscar Adrien Brody (Predadores, Meia-Noite em Paris) e Forest Whitaker (RepoMen - O Resgate de Órgãos) protagonizam esse intenso thriller centrado em um grupo de homens comuns que, em busca de dinheiro fácil, se oferecem como voluntários em uma experiência científica.
Na história os personagens são confinados numa prisão abandonada no qual eles serão divididos em dois grupos, os prisioneiros e os guardas. O objetivo é analisar como o ser humano lida com as regras, o poder e o controle sobre o próximo. Em uma espécie de reality show violento. Esta experiência testará todos os limites. A recompensa, $2000 dólares. O experimento serve como investigação do comportamento agressivo em um ambiente de prisão simulada. São designados oito homens como guardas e doze homens como prisioneiros.
Enquanto os prisioneiros ficam trancafiados e são obrigados a obedecer as regras, os guardas são instruídos a manter a ordem. Mas dê a um homem um pouco de poder e ele comete coisas inesperadas. Tire de um homem seu orgulho e sua humanidade e ele acaba fazendo coisas talvez piores. Com o transcorrer dos dias, o poder e a autoridade combatem a rebelião e a desobediência com resultados cada vez mais violentos, apagando a linha entre o que é real e o que é o experimento.
Novamente como acontece muitas vezes em produções que não chegam nos cinemas nacionais a premissa é muito interessante, mas a execução nem tanto. O novato diretor Paul Sheuring assume o posto de levar para as telas essa trama, mas como é comum derrapa muito por falta de pulso e experiência, para aqueles que nunca ouviram falar ele é bastante conhecido como o criador da série Prision Break.
Se tem uma coisa que sempre salva as produções mais irregulares são as boas atuações e contar com dois ganhadores de Oscar ajuda bastante a este remake a ganhar alguns pontos. Tanto Brody quanto Whitaker mesmo atuando mais no automático do que brilhando por obra do dedo de Sheuring conseguem promover alguns momentos interessantes quando se confrontam, especialmente Whitaker que sai de um homem nulo e dominado pela mãe a um guarda monstro dominado pelo poder.
Detenção é mais um remake made in Hollywood que é bastante irregular as motivações de alguns personagens não ficam claras, alguns questionamentos morais poderiam ser mais explorados mas ainda assim conseguimos extrair algumas coisas boas. Serve como uma aposta em especial para os fãs dos dois belos atores que dão um boost no nível da produção.
Nota: 6,5
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Esta foi uma semana bastante agitada para José Padilha, responsável pela direção de Tropa de Elite 1 e Tropa de Elite 2. Primeiro ele soube que seu filme será o representante do Brasil na disputa pela Oscar de Língua Estrangeira...
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