Crítica: O Retorno de Johnny English (Johnny English Reborn)
Existem alguns atores que ficam estigmatizados com um personagem e carregam ele para sempre em sua vida. Rowan Atkinson fez fama com o carismático Mr. Bean e não há como não associar sua imagem ao hilário britânico, que, mesmo praticamente mudo, era capaz de arrancar gargalhadas do espectador. Apesar de Atkinson ter declarado que havia se aposentado do seu grande papel, após a produção de Ás Férias de Mr. Bean, são exatamente as características de sua obra prima que fazem seus outros trabalhos conseguirem arrancar algumas risadas da platéia.
Continuação do filme de 2003, O Retorno de Johnny English nos trás de volta o agente secreto mais atrapalhado de todos os tempos. Justificando o longo período entre um filme e outro, somos informados que após um fracasso pelos solos africanos, Johnny foi afastado do serviço secreto e se isolou durante anos nas montanhas para amadurecer e ganhar novos conceitos de vida. Diante de uma informação de um suposto ataque ao premio chinês, o agente é contactado e reintegrado ao MI-7. De resto todo mundo já sabe que ele vai salvar o dia, mas antes disso vai fazer um monte de burrada e vai levar todo mundo a dar risada.
Ficar sem rir realmente é algo difícil quando estamos diante de um grande ator. Como já disse, Rowan Atkinson é muito competente em seu papel e consegue, literalmente, tirar leite de pedra ao fazer o público sorrir diante de tanta coisa premeditada e boba. As piadas são meramente previsíveis e o roteiro é digno de pena. Apesar de achar tanta coisa errada na produção, não poderei dizer que ela seja tão ruim. Não há quem quem espere alguma coisa a mais quando entram numa sessão como esta e é até melhor estar diante de um roteiro fraco e vazio para não sair com a sensação de que os roteiristas subestimaram sua inteligência.
Desta forma, é possível encerrar a crítica dizendo que se você é fã do ator e gostava de Mr. Bean, as chances de se divertir serão boas e apesar de não achar o filme genial, ele irá funcionar como distração. Se você não é fã de Mr. Bean e não gosta de filmes com piadas corporais, como dancinhas ou pancadas na cabeça, pule fora, pois não será nenhum pouco agradável para ti. Eu estou no meio termo disso, gosto de coisas mais inteligentes, mas sabia o que estava por vir e diante do conhecimento do que ia encarar, tirando aquele grupinho de babacas que ficam gritando no meio do filme, até que consegui me distrair.
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