Crítica: Os Agentes do Destino (The Adjustment Bureau)
O filme é baseado no conto " The Adjustment Team" de Phillip K. Dick, o mesmo escritor de histórias que renderam longas como Minority Report e Blad Runner, e marca a estréia do roteirista, George Nolfi, de O Ultimato Bourne atrás das câmeras. A proposta da história é muito interessante e nos leva a questionar sobre a possibilidade de coisas corriqueiras, como esquecer a chave de casa, derrubar café na própria roupa, serem algo programados em nosso destino, para nos levarem a um ponto já predeterminado por alguém um dia. Sabe aquele história de Deus escreve certo com linhas tortas? Mais ou menos isso aí...
Na trama David Norris é um jovem político que é candidato ao Senado dos Estados Unidos. Mesmo com o passado conturbado, ele possui um carisma que conseguiu lhe fazer liderar as pesquisas até a ultima semana antes da eleição, quando se meteu em uma nova confusão e viu todo o seu esforço de campanha ir pelo ralo. Antes de fazer o discurso da derrota, por acaso, ou destino, ele encontrou uma mulher misteriosa no banheiro masculino do hotel em que aguardava o resultado da votação. Elise, a tal mulher, muda o rumo da vida de David e o leva a fazer coisas que jamais imaginaria. O problema deste amor é que ele é proibido por uma espécie de anjos que devem manter todas as pessoas dentro do rumo certo.
Esse é um filme que tinha tudo para ser um grande sucesso, mas em certo ponto esqueceu a ação que a premissa poderia oferecer e se preocupou apenas em tentar envolver o espectador com um romance que em certo ponto não era o esperado. Não posso nem questionar a atuação de Matt Damon (Trabalho Interno, Além da Vida) e Emily Blunt (As Viagens de Gulliver, O Lobisomen), pois os dois funcionam como casal e não estão mal na película. A questão é que a história se torna muito água com açúcar e permite que as coisas esfriem demais. Os Agentes, que dão título a obra e lembram o Observadores de Fringe, são simplesmente pouco explorados e algumas vezes tentam nos vender idéias sem grandes explicações.
Como costumo dizer, não adianta vir aqui e descer a madeira na produção, pois apesar de ter todos esses defeitos apontados, ela irá entreter muito bem alguns menos criteriosos ou menos preocupados com análises profundas de produções. Digamos que este seja aquele filme pipoca, que diverte, mas que não atinge o potencial que poderia chegar. Confesso que o tempo passou rápido enquanto assistia, mas admito que o final realmente conseguiu me fazer enxergar todos esse defeitos que apontei.
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