Crítica: Piratas do Rock (The Boat That Rocked)
Cinema

Crítica: Piratas do Rock (The Boat That Rocked)



Algumas vezes as produtoras de cinema colocam alguns filmes diretamente para a locação não deixando que os cinéfolos de plantão tenham a oportunidade de assistílos nas salas de cinema, em alguns casos é reflexo de uma fraca bilheteria nos EUA e na Europa, mas em outros é apenas questão de contenção de gastos e planejamentos. Piratas do Rock (The Boat That Rocked) foi lançado em 2009 mas só veio parar nas nossas prateleiras de locadoras, aproveitei o feriado prolongado e aluguei alguns filmes, entre eles estava justamente esse.

De início pelo o que eu imaginava e esperava do filme, as coisas prometiam, especialmente quando a atendente da locadora em que peguei os filmes me falou que o filme era muito bom. O filme é dirigido por Richard Curtis o mesmo de Simplesmente Amor (2003) e acho que ele cometeu os mesmos erros nas duas películas, colocou personagens além do que poderia trabalhar no filme e no final não conseguimos nos conectar especificamente com nenhum deles, apesar de ter um bom elenco o filme decepciona.

O filme inspira-se na revolução das rádios piratas britânicas dos anos de 1960, contando a história de um grupo de amigos DJs que monta uma emissora num grande navio de pesca atracado na costa da Inglaterra. O ano é 1966, quando a principal rádio do país, a BBC, dedicava apenas duas horas por semana tocando rock and roll. Eis que uma emissora pirata cria uma programação de rock 24 horas por dia. O sucesso é imediato. Cerca de 25 milhões de pessoas sintonizam a rádio diariamente - mais da metade da população inteira da Inglaterra.

Seria um bom começo para uma história, mas ela é muito mal trabalhada ao longo da película, nenhum dos personagens realmente chega ser conhecido pelo espectador logo não existe uma simpatia com os mesmos. A edição pecou bastante no aspecto continuidade não para saber se de uma cena para outra se passou um dia, duas horas ou meses o que deixa o espectador um pouco perdido. Os "vilões" também não são bem trabalhados, nem as questões dramáticas que aparecem durante o filme, um dj claramente não gosta do outro, mas não existem conflitos e quando existem são vagos, parece tudo uma grande festa, mas que não contagia ninguém no final das contas.

Obviamente sempre vamos olhar para algum filme pensando nos parâmetros que temos e após assistir Escola do Rock, Quase Famosos ou Alta Fidelidade não tem como olhar para Piratas do Rock e não ficar decepcionado. O pior é que o filme conta com um elenco muito bom, mas os atores não são trabalhados, nem na veia dramática nem na cômica é um verdadeiro desperdício de talento, o que salva um pouco é o vencedor do Oscar Philip Seymour Hoffman, mas mesmo assim poderia ser bem melhor. De um modo geral o filme é fraco, melhor seria rever os filmes anteriormente citados do que gastar o seu dinheiro desenterrando-o da prateleira de sua locadora.
 
Nota: 3,5


Trailer:




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