Crítica: Salt
Cinema

Crítica: Salt


Ficha Técnica

Direção: Phillip Noyce
Roteiro: Kurt Wimmer
Elenco: Angelina Jolie, Liev Schreiber, Chiwetel Ejiofor, Daniel Olbrychski, August Diehl
Fotografia:Robert Elswit
Música:James Newton Howard
Direção de arte:Teresa Carriker-Thayer
Figurino:Sarah Edwards
Edição:Stuart Baird e John Gilroy
Efeitos especiais: CIS Vancouver / Lola Visual Effects / RhinoFX / Framestore / Hirota Paint Industries / Proof
Produção:Lorenzo di Bonaventura e Sunil Perkash
Estúdio:Columbia Pictures / Relativity Media / Di Bonaventura Pictures
Distribuidora:Columbia Pictures
Duração: 100 minutos
País: Estados Unidos
Ano: 2010
COTAÇÃO: ENTRE O BOM E O MUITO BOM


A opinião

"Sacrificar alguém pelo bem maior", uma das frases iniciais do longa que mistura ação, espionagem e manipulação do espectador em um roteiro interessante, que mostra elementos de apresentação e peregrina-se em um processo de autotransformação.

Angelina Jolie estrela Salt da Columbia Pictures, um moderno suspense de espionagem. Antes de se tornar agente da CIA, Evelyn Salt (Jolie) prestou juramento de servir e honrar o seu país. Ela colocará o seu juramento em prática, quando um desertor russo a acusa de ser uma espiã russa. Salt foge, usando todas as sua habilidades e anos de experiência como agente infiltrada para conseguir escapar dos seus inimigos, proteger o seu marido e fugir dos seus colegas da CIA.

A atriz principal protagoniza a versão feminina de "Identidade Boune", com Matt Damon. O tom apresentado é quase o mesmo, até a parte inicial faz a inferência. Há digressões em outras histórias, que explicam o porquê daqueles acontecimentos, em imagens rápidas, ágeis, em estilo videoclipe. Chegam a ser eletrizantes. Realiza bem o papel de prender o espectador na cadeira do cinema e objetiva que o mesmo não pisque os olhos, com tensões de tiros, perseguições e lutas épicas.

A aura transmitida é que não se deve confiar em ninguém. Embasa sobre o objetivo da mensagem, que é entender até que ponto alguém chega para que os resultados sejam conquistados. Salt coloca em voga o radicalismo de uma crença, massificada na infância e conservada aos dias atuais. Uma "máquina" é construída para obedecer ordens de atacar quando precisar, sem a necessidade prévia de questionamento do que está sendo feito.

"Você é a minha maior criação", diz-se. "Você me treinou bem", responde-se. Não há medo de nada, porque não há futuro. Vislumbra-se a ação terminada e só. Não se pode ter emoções, amar ninguém. Porém ela quebra algumas barreiras e o que faz une o útil e o agradável: realiza o que tem que fazer e tenta salvar o seu marido.

Mas há um contra-argumento. A escolha da atriz interfere na percepção da história por quem está do outro lado da tela. Angelina Jolie é extremamente bonita, quase uma boneca. Ela não possui sutilezas ao interpretar um papel. Como Evelyn Salt, utiliza a boca e os olhos da mesma forma que faz em outros personagens. Há, nela, uma atmosfera quase sarcástica quando se olha fixamente a sua imagem. Ela parece que vai rir a qualquer momento. Assim, mesmo errado, torce-se por ela e por seus crimes. Olha-se a figura da boa moça revestida de espiã. "Igual a mim. Ninguém", ela diz buscando a vingança para que possa ter uma vida normal, já contrastando com a própria ideia.

O gênero ação espionagem conserva os elementos característicos. O extra (plus) vem do roteiro, que manipula o que tem a manipular, com ações rápidas, competente dentro da proposta de diversão com algo mais que o longa se propõe. Vale a pena sim vê-lo. Recomendo.

O Diretor

Phillip Noyce (Griffith, Austrália, 29 de abril de 1950) é um cineasta australiano.

Filmografia

1989 - Calma de Morte (Dead Calm)
1989 - Fúria Cega (Blind Fury)
1992 - Jogos Patrióticos (Patriot Games)
1993 - Violação de Privacidade (Sliver)
1994 - Perigo Imediato (Clear and Present Danger)
1997 - O Santo (The Saint)
1999 - O Colecionador de Ossos (The Bone Collector)
2002 - A Vedação (Rabbit-Proof Fence)
2002 - O Americano Tranquilo (The Quiet American)
2006 - Catch a Fire (Catch a Fire)



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