Crítica: Sem limites (Limitless)
Cinema

Crítica: Sem limites (Limitless)



" Thriller, comédia e inovação reunidos em um só entretenimento"

Um escritor, com sérios problemas de criatividade, encontra, por acaso, andando pela rua seu ex-cunhado. Num primeiro momento não gosta muito da surpresa, mas logo recebe dele um presente que seria capaz de mudar sua vida. Essa é basicamente a premissa deste filme, pois após viver como um fracassado e ainda ver sua namorada lhe deixar, Eddie descobre o NZT, uma droga capaz de permitir que o ser humano passe a usar 100% da capacidade de seu cérebro e não apenas os 20% que os cientistas afirmam que usamos. Sob efeito da droga, Eddie consegue terminar o seu livro atrasado em apenas quatro dias, começa a aprender com facilidade línguas estrangeiras e adquiri habilidades capazes de lhe fazer em pouco tempo uma das pessoas mais famosas e  ricas do mercado de ações. O problema é que ao contrário do que lhe foi dito, a droga não passou nos testes que deveria para ser comercializada e é um produto que pode custar a vida. Alguém que já experimentou a sensação de não ter limites, abriria mão disso facilmente?

Sem Limites é baseado no livro The Dark Fields, de Alan Glynn, e conta como ponto muito forte e interessante a abordagem sobre um assunto pouco explorado na sétima arte e bastante comentado no cotidiano moderno. Será que em breve teremos também uma droga capaz de aguçar a inteligência das pessoas?  Só o tempo irá responder. A direção da obra está muito bem trabalhada nas mãos de Neil Burguer (O Ilusionista) e a fotografia, maravilhosa diga-se de passagem, está a cargo de Jo Willens (30 dias de Noite). O roteiro é algo que deve ser destacado, pois consegue entusiasmar com cenas que seriam de um thriller, momentos cômicos de comédia e abordagem inovadora. Possui suas falhas, mas algo que só irritará aqueles que entram na sessão procurando por erros. Considerei uma das escapadas do filme grosseira e exagerada, mas não acho que seja nada que vá atrapalhar seu belo desempenho. Não posso deixar de dizer que a trilha sonora é muito boa e faz jus a bela montagem que é apresentada ao espectador.

Bradley Cooper ( Se Beber Não Case, Ele não Está Tão Afim de Você) desta vez foge do seu tipo comum de personagem, mas mesmo assim entrega um ótimo trabalho e começa a ganhar carisma para ser protagonista de outras produções. Ficou muito bem feita a mudança de atitude que vimos no personagem dele no gestual, postura do corpo, modo de falar entre outras coisas. Robert De Niro (Machete, Homens em Fúria) tem um papel pequeno, mas se mantém naquele nível que estamos acostumados recentemente. Nada de mais lhe é muito exigido e parece que pouca dedicação precisa ser empregada aos seus personagens.

Em resumo, este é um filme, que mesmo não sendo um blockbuster irá agradar a grande maioria do público. Possui seus erros, mas mesmo assim todos os ingredientes que o espectador gosta estão presentes. Para mim é uma grata surpresa no ano.

Nota: 8,5


Trailer do Filme:



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