Crítica: Shan He Gu Ren (Mountains May Depart)
Cinema

Crítica: Shan He Gu Ren (Mountains May Depart)


Por Fabricio Duque
Direto do Festival de Cannes 2015

A tradição de se começar o filme pontualmente é corroborado ano após ano, mas há um ?furo de reportagem? (problemas técnicos que fizeram reiniciar a exibição) de vez em quando. Lógico. Ninguém é perfeito. Ainda bem. A ?vítima? da vez foi SHAN HE GU REN (Mountains May Depart), de Jia Zhang-Ke (de "Um Toque de Pecado" e "Em Busca da Vida"), da mostra competitiva oficial. O longa-metragem inicia-se com a música ?Go West?, de Pet Shop Boys, ambientando uma sinestesia catártica de felicidade incondicional e sem preocupações aos personagens na passagem de ano. A tela quadrada (como uma foto de Polaroide) explicita o recurso de ressaltar a nostalgia. As passagens de tempo acontecem por imagens de arquivo (de empregados que trabalham em minas e do povo local), explicando os acontecimentos época, suas tradições e cores. A fotografia super colorida, que se utiliza preferencialmente do filtro visual lo-fi, saturado ao brilho, combinado com músicas românticas antigas. As elipses, os silêncios, a carga emocional encontram a poesia realista e naturalista. O filme surpreende por incluir o título crédito quase no meio, como que se tudo que aconteceu antes fosse um preambulo. Nesta parte, em 2014, atualmente, surpresas acontecem a La ?Mommy?, de Xavier Dolan, entre ?dumplings? e o filho como ?mercadoria?. Porém, a repetição da música, quase toda hora, tenta 'sentimentalizar' demais o universo de quase um videoclipe. E então, outro lapso temporal, ?viajando? ao futuro, em 2025, e aí um novo filme acontece. Outro ?Mommy? (entendedores entenderão). Nesta parte, o roteiro dá voltas na mesmice, criando 'clichézinhos' e liberdades poéticas para que possa ?amarrar?a trama. Não é ruim. Mas se perde no caminho e começa a ?encher linguiça?. Aguarde a crítica completa!



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