Crítica: Spartacus: Gods of The Arena
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Crítica: Spartacus: Gods of The Arena



Spartacus: Gods of The Arena é um prequel do primeiro ano da série chamado Blood and Sands, o inesperado sucesso do canal Starz americano, que com bastante sensualidade, nudez e cenas de batalha trash conquistaram um bom público. Infelizmente, por problemas de saúde de Andy Withfield, nesta temporada não houve um Spartacus. Na próxima temporada teremos a introdução do novo Spartacus interpretado por Liam McIntyre.



Esta série se passa na época em que o ludus dirigido pelo ganancioso Dominus Quintus Batiatus (John Hanna, em papel completamente diferente do o abobalhado que fez na Trilogia A Múmia) e sua esposa Lucretia (Lucy Lawless de Xena e Battlestar Galactica) ainda está procurando ser reconhecido em Cápua. Batiatus tenta conquistar a atenção de Tullius, um rico empresário local responsável pelas batalhas na Arena e ainda tem que ser melhor que Vettius, que possui um ludus concorrente.

O melhor lutador de Batiatus neste tempo é o irreverente e arrogante Gannicus (Dustin Weaver), que ocupa esta posição desde que Oemanus se machucou em uma importante luta há um ano. Gannicus age como um astro do rock na arena, sorrindo e apreciando a ovação da platéia. E vemos Batiatus comprando Crixus, que será o futuro campeão do ludus na época que Spartacus chegar. Outra nova personagem é Gaia, antiga amiga de Lucretia que passa a morar no ludus após a morte do marido.

SPOILERS LEVES À FRENTE

Na ascensão da Casa de Batiatus nos jogos de gladiadores, o celta Gannicus é o trunfo na manga. Sendo pressionado para vendê-lo, o Dominus é excluído dos jogos de Cápua. Mas a melíflua e manipuladora Gaia consegue arranjar uma festa, onde Vettius fica encantado com o musculoso gladiador. Em uma demonstração da força dos escravos de Batiatus, teve um embate quase amistoso de Gannicus e Crixus para deleite de Vettius. E depois, em uma festividade movida à ópio e vinho, Gannicus é compelido mais uma vez a demostrar seu poder, dessa vez obrigado a satisfazer a esposa de Oenomaus, agora promovido a Doctore. E graças à habilidade de Gannicus, Vettius concede que Batiatus participe das lutas principais de sua arena.

Batiatus tenta criar seu nome à sombra de seu pai, conhecido e respeitado lanista em Cápua, que retornou de uma longa viagem..Trata o seu filho como um incapaz, e ignorando todo jogo político que fez para conseguir entras nas primárias, vai até Varrus pedir desculpas e pedir para voltar aos seus jogos. E ele sugere que participe dos jogos com os gladiadores de Batiatus lutando entre si: os mais velhos e poderosos guerreiros já consagrados contra os mais novos, incluindo Crixus, que ainda não fez o juramento de gladiador e é o saco de pancadas nos treinos. Crixus tem seu primeiro momento de glória, numa luta espetacular. E Lucretia está cuidando de seu marido, ao envenenar o vinho do velho Batiatus.

FIM DOS SPOILERS

Spartacus é sem dúvida um seriado corajoso nas cenas de sexualidade explícita, homo e heterossexual, raras nos cinemas e TV americana puritana da atualidade. Lucy Lawless como a Domina Lucretia exala beleza e erotismo, e Jaime Murray como a vadia Gaia não fica atrás. E, para a alegria masculina, abundam seios naturais no seriado, assim como homens másculos, fortes e nada metrossexuais gladiadores com sungas diminutas para as mulheres. Nem em filmes vi tantos nus frontais masculinos, e cenas sensuais dignas das festas de Nero. Os jogos de poder são bem conduzidos e cheios de reviravoltas, num roteiro bem escrito repleto de traições e embustes. Vettius foi um excelente vilão, e o único aliado de Batiatus, Solonius, fez jogo duplo todo o tempo, beneficiando-se às custas da desgraça do amigo. A violência e crueza nas batalhas aumentam exponencialmente, em lutas bem coreografadas onde jorram litros de sangue e expõem detalhadamente os ferimentos em que literalmente pedaços de carne são arrancados com as mais variadas armas.

O seriado termina com um enfrentamento entre todos os homens do ludus de Batiatus contra os de Solonius na nova arena. Não tenho outra palavra para descrever: espetacular. Os gladiadores de Batiatus combatem os de Solonius e entre eles mesmos em uma luta violenta, rápida e bem coreografada. E resta um gladiador, que terminou com o inimigo na cena mais gore que já vi nos últimos tempos. É consagrado campeão de Cápua, elevando o nome da Casa de Batiatus. Spartacus Gods of The Arena foi surpreendente bom, considerando a ausência do excelente Andy Withfieled. Conseguiram criar uma história interessante, deixando de ser um guilty pleasure para se tornar um seriado obrigatório, se conseguir tolerar o nível de violência, nudez e sensualidade presentes. Mas se querem saber se foi Gannicus ou Crixus o herói de Cápua, assistam Spartacus Gods of The Arena
 
 
 



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