Desde sempre eu gosto dos filmes de Kevin Smith (Procura-se Amy), mesmo os com roteiros mais fracos ou considerados bobos eu confiro porque gosto das piadas nerds e politicamente incorretas que ele coloca em suas produções. Quando vi Tiras em Apuros na locadora eu não pude resistir a tentação de conferir mais um longa de um dos meus diretores prediletos. Mesmo sabendo que o filme fracassou mundo a fora e foi direto para as prateleiras de locadoras, movido pelo impulso fui para casa e lá coloquei o DVD.
Este é o primeiro filme que Kevin Smith dirige sem ter escrito o roteiro, de autoria de Robb e Marc Cullen. Como de costume um dos amigos da trupe de Smith fez uma ponta (Jason Lee - conhecido pela séria My Name is Earl e a sua participação nas seqüências de Alvin e os Esquilos), mas sem a presença de Jay e Silent Bob. O longa ainda conta com participações interessantes como Kevin Pollak (um veterano que tem uma extensa lista de filmes) e Adam Brody (mais conhecido por seu papel em THE O.C. e algumas pontas em filmes como: Obrigado por Fumar e Sr. e Sra. Smith).
No longa, dois parceiros policiais de longa data investigam o roubo de um raro cartão de beisebol de 1952, realizado por um gângster impiedoso. Um deles é Jimmy Monroe (Bruce Willis - Os Mercenários, Red, Planeta Terror), detetive veterano às voltas com o casamento da filha; o outro é Paul (Tracy Morgan - Rio, Os Outros Caras), que está mais preocupado com a suposta infidelidade da esposa.
De cara pela trilha sonora e pelas primeiras cenas eu já imaginei que estava entrando em um fria daquelas. Sempre é difícil a passagem na vida de um diretor quando ele começa a fazer produções que não são roteiros seus ou de seus escritores de confiança. Fazer um material que acham que vai ser legal com o seu dedo dirigindo é bem diferente de fazer um material que você ajudou na construção. A sensação que tive é a falta de sintonia, entre os atores, a proposta do longa, o roteiro, o diretor...e por aí vai.
Tiras em Apuros desde o início me passou aquela sensação que foi uma produção forçada e empurrada pelo estúdio, que tinha o contrato e precisava fazer algo com o dinheiro sobrando. As piadas são em grande parte sem graça e os personagens não são cativantes, pelo contrário, são todos bem estereotipados e previsíveis. Espero que esta seja uma escorregada do Smith e que a partir disto ele venha a produzir coisas melhores, com certeza uma tremenda decepção para os seus fãs, maior do que Menina dos Olhos. Vale mais para os fãs conferirem e constatarem se o que eu falo procede ou não, o restante do público cinéfilo deveria passar longe desta produção.
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