Crítica: VIPs
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Crítica: VIPs



VIPs é mais um belo longa nacional que foi o vencedor de quatro prêmios no Festival do Rio deste ano. Além de ser considerado o melhor filme de ficção pelo júri, a obra, dirigida por Toniko Melo, ganhou as categorias de melhor ator, com Wagner Moura (Tropa de Elite, Tropa de Elite 2) e as premiações de melhor atriz e ator coadjuvante, com Gisele Fróes e Jorge D'Elía. 

O roteiro da trama é baseado no livro VIPs - Histórias reais de um mentiroso, de Mariana Caltabiano e narra a vida de Marcelo Rocha, um jovem que durante seu desenvolvimento não conseguiu determinar uma personalidade própria e que por isso vive buscando na identidade de outros a sua forma de viver. Tudo é apresentado quando ainda na escola, sua diversão, ou atitude involuntária, era imitar as pessoas. Aos poucos ele mesmo foi percebendo da sua capacidade de se passar por alguém e começou a aplicar golpes. Se fez passar por piloto de avião e logo se tornou uma espécie de celebridade no ramo do transporte de drogas entre o Brasil e o Paraguai. Sua grande façanha, no entanto, foi se fingir de filho do dono de uma grande empresa nacional.

Não pensem que é uma versão nacional de Prenda-me Se For Capaz, pois considero as motivações dos seus personagens muito diferentes. O protagonista vivido por Leonardo DiCaprio (Foi Apenas um Sonho, A Origem) sabe exatamente o que faz e Marcelo, apesar de ser tão talentoso quanto, se perde em meio as suas atuações e passa a acreditar de verdade que aquela é a sua vida. Há uma diferença psicológica na trama que deixa o filme nacional mais denso e impressionante e o americano mais engraçado e divertido.

Wagner Moura é um dos grandes responsáveis pelo crescimento do cinema nacional e seu reconhecimento é tão positivo que em breve ele interpretará o vilão principal de uma produção de Hollywood (Saiba Mais). Aqui ele prova que é o melhor ator do cinema brasileiro no momento e carrega sem grandes problemas esta produção nas costas. Certa hora ele consegue nos apresentar alguém tímido e em poucos instantes, este alguém se torna impulsivo. Muitas são as encenações de seu personagem e diversos são os papéis que ele precisa interpretar. Todos são feitos com maestria e dignos da premiação que recebeu. Realmente um grande trabalho de um grande ator.

Apesar de achar que o filme demora um pouco a engatar de verdade, considero que a direção está muito digna e que acoplada com uma boa trilha sonora, consegue manter a película em constante evolução. As mensagens do filme são todas explicadas, mas exigem imaginação e atenção do espectador. As formas como são desvendados os mistérios do passado do protagonista são muito bem planejadas. As premiações aos coadjuvantes demonstram que em seu contexto geral as atuações, que acompanham a maestria de Moura, estão bem interessantes.

 É... Caros leitores. O cinema nacional não para de me alegrar. E para ficar no embalo na produção...Não acredita na crítica? "Olha aqui no meu olho pra ver se eu estou mentindo".

Nota: 8,0

Trailer do Filme:



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Ficha Técnica Direção: Toniko Melo Roteiro: Bráulio Mantovani, A.C. e Thiago Dottori, A.C Elenco: Wagner Moura, Arieta Corrêa, Gisele Froes, Juliano Cazarre, Norival Rizzo, Roger Gorbeth, João Francisco Tottene, Amaury Jr., Jorge D?elia Fotografia:...



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