Sete Dias no Paraíso
Bom, na tela vemos váááários nomes conhecidos retratados, como a Vivien Leigh, feita pela Julia Ormond (nadavê...), Sir (não dou a mínima pra esses títulos - a monarquia que se exploda) Laurence Olivier, por Kenneth Branagh (muito bem, por sinal), Arthur Miller, feito por um rapaz figurante aí, e a Sybil Thorndike, vivida pela Dame (ver comentário sobre títulos algumas linhas acima) Judi Dench. Nomes que você, culto, erudito e requintado conhece bem. Já você, plebe rude, da rafaméia analfabeta, corre pro google.
Colin (o novato Eddie Redmayne) é um jovem rapaz que quer ser cineasta e depois de muito insistir consegue que Sir Laurence Olivier o contrate como assistente de produção, o famoso faz-tudo. Olivier está produzindo um filme, uma comédia leve e boba, mas estrelada pela maior estrela de cinema do momento, Marilyn Monroe, feita pela Michelle Williams, que merece um parágrafo a parte.
Michelle mora no meu coração desde os tempos de Dawson’s Creek, que eu adorava, mas hoje vejo quanto blá-blá-blá adolescente insuportável estava contido naquele seriado. Jen (feita pela Michelle) era de longe minha personagem favorita. Ela faz uma Marilyn muito bem, incorpora os trejeitos, as nuances, adiciona as camadas necessárias à personagem, mas fisicamente não convence muito, apesar da transformação a ter deixadobem parecia. Marilyn era mulherão. Michelle é mignon. É tipo colocar Christina Aguilera pra fazer Jéssica Rabbit (ela teria ego e non-sense suficiente pra topar idéia). Eu veria Scarlett Johansson mais parecida, por exemplo. A diferença é que Michelle é mil anos-luz melhor atriz que Scarlett. Scarlett funciona em variações dela mesma.
Então, a produção começa, Marilyn surge gloriosa com seu braço direito Paula Strasberg (joga no google), despertando todos os olhares e atenções, mas ela é frágil e insegura e se deprime fácil. Logo, logo ela se fecha na sua concha, depois de muito bullying do “delicado” Olivier, e a única pessoa em que ela passa a confiar é o reles assistente de produção, Colin.
O Globo de Ouro colocou o filme na categoria comédia, mas se esse filme for comédia, A Escolha de Sofia deve ser pastelão. Michelle, então, veleja sozinha na dianteira, praticamente sem concorrência na categoria pra garantir seu primeiro globo. E tendo em vista o passado recente, onde a Academia tem premiado muito atrizes jovens e bonitas (Natalie, Reese, Charlize, Angelina, Julia, Kate, Catherine, Halle, Renée, Nicole, Jennifer, et al.), me parece ela vai firme pro Oscar também. No Globo de Ouro, o filme pode até levar o premio de melhor filme, já no Oscar, Michelle é a única com chances mesmo. Talvez o enjoado do Kenneth também possa ter alguma. Vejamos como os próximos capítulos se seguirão.