Crítica Um Crime de Mestre
Cinema

Crítica Um Crime de Mestre


A Única Face de Um Ator

Um Crime de Mestre // Fracture

Nota: 7,0

Um dos grandes problemas do cinema americano é a maneira como ele estigmatiza atores a um único personagem e variações dele. Desse mal sofrem vários, diversos, alguns por escolha própria, outros por falta de oportunidade de mudar. Alguns exemplos são Robin Williams (o pateta), Julia Roberts (a mulher independente e decidida), Cameron Diaz (a loira extrovertida e geralmente burra) e Anthony Hopkins, o eterno psicopata (no cinema). Depois de O Silêncio dos Inocentes é só isso o que ele faz, e só é isso o que o grande público reconhece, desconhecendo seu passado como grande ator nos teatros britânicos e no próprio cinema.

Dessa vez o Anthony faz uma variação do Hannibal Lecter, a diferença é que esse aqui não é adepto da antropofagia. A trama de Um Crime de Mestre é também muito semelhante à de Silêncio, só que bem menos genial, que diga-se de passagem, esse filme de genial não tem nada. Bom, o filme foca-se no delito cometido pelo Anthony, o assassinato de sua própria esposa, logo no início, um crime confesso e escancarado, mas que a polícia, na pele do advogado feito pelo recém indicado ao Oscar Ryan Gosling, que foi coleguinha do Justin Timberlake, Kerri Russell, Britney Spears e Christina Aguilera no Clube do Mickey. Ainda está no filme o David Stratharn, que fez Boa Noite e Boa Sorte. A direção é assinada por Gregory Hoblit, que fez Possuídos, aquele filme chato com o Denzel Washington que só fica bom nos 10 minutos finais, e o fantasioso, porém divertido, Alta Freqüência, com o Dennis Quaid e com Jesus Cristo, digo, Jim Caviezel.
O título original (Fracture) entrega totalmente o fim, mas no título nacional colocaram o oposto, traduziram com uma expressão que é o contrário praticamente. Ele tem aquela lição de moral chinfrim, o crime não compensa, mentira tem pernas curtas, e baboseiras do tipo, e ainda dá um puxão de orelha no nosso herói, Ryan, um advogado arrogante e nojentinho que está enlouquecendo porque vai perder o julgamento, pra um cara que está sendo defendido por ele mesmo na corte. Humilhação maior pra americano, que o maior medo na vida e ser chamado de loser, não há. Uma pena é ver o talento do Anthony ser desperdiçado dessa forma. Tanta coisa interessante que ele poderia estar fazendo, enquanto isso Hollywood estagnou-se na mesma fórmula besta de sempre, só que cada vez mais mal feita.



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