E viva a potência cultural do mundo!
Cinema

E viva a potência cultural do mundo!


Nota: 3,0

E eis que na minha teimosia eu decidi conferir Borat. Erro colossal. Talvez nem tanto porque sempre é bom ter uma opinião sobre as coisas, mas cá entre nós, esse filme é um pé no saco. Bom, não se guiem pelas minhas opiniões. Eu não tenho o senso de humor necessário para apreciar esse tipo de filme, mas muita gente vai cambalear de rir. Eu fiquei a maior parte do tempo constrangido com as peripécias do estrupício protagonista e irritado com a difamação do Cazaquistão. Achei tudo muito forçado e sem graça. E sem contar que é também uma forma de diminuir a cultura de uma nação soviética e vangloriar o primor cultural americano. Inflar o ego ianque e cantar em alto e bom som “God Bless The USA”. Patético.


Enfim, o filme é sobre Borat Sagdiyev, um enviado do governo do Cazaquistão aos EUA para que ele incorpore a cultura americana e traga boas influências para o seu país. A bagaceira já começa daí. O filme poderia ter o título de Missão Impossível, que também cairia bem com a história, mas como esse título já foi usado, então devem ter decidido colocar o nome do Borat mesmo... E no meio de tudo, ele se apaixona por uma figura na TV e desvia-se do propósito inicial. A figura trata-se da Pamela Anderson, que incorporou o papel de piranha-mór de Hollywood, e dispensa apresentações. É até maldade minha dizer isso, já que não conheço a pessoa dela, mas, infelizmente, essa é a imagem pública passada por ela. Ou então que a mídia quer que seja passada...


Borat, na verdade, é uma personagem do comediante britânico Sacha Baron Cohen. Ele tem um programa de TV no Reino Unido, o The Ali G Show, e Borat já era uma das figuras cativas do programa. Tendo em vista o filme, dá pra se ter noção do que seja o programa de TV. Humor imbecil bem ao estilo que americano adora. Eles adoram fazer dos outros motivo de chacota e rir dos “losers”, e loser é nome e sobrenome do Borat. É claro que o filme tem suas cenas engraçadas. Nada poderia ser 100% ruim. Eu consegui rir das cenas dos retratos de família, do culto evangélico e a do banheiro no meio do jantar, mas foram só essas mesmo.

O filme levou globo de ouro de ator comédia pro Sacha, que pode ser que tenha merecido, mas eu sou imparcial demais pra julgar esse trabalho. E tem indicação ao Oscar de roteiro adaptado. Se houver justiça, não levará. Eu vi pelo menos uns cinco roteiros infinitamente superiores a este competindo ao Oscar, mas como já vimos anteriormente, no Oscar, tudo pode acontecer. A minha maior revolta com esse filme realmente é a imagem passada do Cazaquistão pelo protagonista. Machista, pedófilo, homofóbico, entre outros adjetivos semelhantes. Outro “lowpoint” é a cena da chegada do Borat em Nova York. A citação a “Perdidos na Noite” é revoltante. Conseguiram estragar a imagem que eu tinha de um filme clássico dos anos 60. Até a música “Everybody’s Talking” usaram. John Voight deveria processar. Harry Nilsson e o Cazaquistão deveriam também. Eu apoiaria a causa.




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