Comédia
Nota: 7/10
ARGHT! Estou em Sampa e, enquanto a Virada Cultural fervilha em vários cantos da cidade, estou aqui passando mal dentro de um quarto de hotel, sem poder colocar nem a cabeça para fora da porta.
Para completar, só tenho o Telecine, que está repetindo filmes que eu já vi um monte de vezes. Em uma das muitas voltas com o controle acabei passando pela Fox e peguei o comecinho de Entrando Numa Fria Maior Ainda. Claro que já vi o filme várias vezes, mas, como todas as outras vezes, não resisti e parei de novo para assistir.
Continuação de Entrando Numa Fria, filme muito divertido que fala de um rapaz, Gaylord Focker, que tenta conquista o pai de sua namorada, Jack Byrnes, um oficial da CIA aposentado. O primeiro filme é cheio de momentos engraçados e é até interessante. Apesar de contrariar as opiniões da maioria, para mim a continuação é mais interessante. O segredo desta é, na verdade, o elenco adicional. Como pais de Focker, Dustin Hoffman e Barbra Streisand. O agente aposentado continua sendo Robert De Niro, que parece ter se inspirado nos novos companheiros de cena para estar ainda melhor.
Ben Stiler, o Gaylord, não consegue se sobrepor ao trio, mas ainda tem aquelas caras e bocas de menino bobão e azarado que fazem a gente rir bastante.
Neste filme, a família da namorada, agora noiva, vai conhecer a família Focker. Bernie (Hoffman) é um advogado que largou a profissão para cuidar do filho. Rozalin (Streisand) é terapeuta sexual especializado em terceira idade.
Só por aí já dá para imaginar a confusão. As cenas com qualquer um deles são excelentes. Hoffman está ótimo como o pai pacífico, pegajoso, lutador de capoeira e que mantém uma vida sexual para lá de ativa com a mulher. A casa deles, além de ter um altar destinado a todas as conquistas do filho, está constantemente cheia de velhinhos cheios de fogo e é protegida por um cachorro tarado.
Para completar o quadro, De Niro, mais rabujento do que nunca, está agora cuidando de Jack, o neto pequeno, com métodos nada ortodoxos de criação, que incluem até um bizarro seio de borracha, projetado especialmente para amamentação. O bebê é representado pelos gêmeos Spencer e Bradley Pickren, que são uma fofura e não é impossível não se apaixonar por eles logo de cara.
Apesar das boas cenas e das boas atuações, o roteiro às vezes se perde um pouco, mas logo se recupera com mais uma boa piada. Ou seja, é como tantos do gênero: nada espetacular, mas imperdível tanto pelas boas piadas como pelas interpretações, principalmente para pessoas que perderam a Virada Cultural como eu. Garanto que levanta o astral.
Um Grande MomentoEscolhi dois porque não consegui ficar com um só: a última jogada do futebol americano e tudo o que acontece quando Gaylord fica sozinho com o pequeno Jack.
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