Falhas na comunicação, Câmbio!
Cinema

Falhas na comunicação, Câmbio!


Nota: 7,5

Babel, O filme mais recente do diretor mexicano Alejandro González Iñarritú, o mesmo de Amores Brutos e 21 gramas, dois filmes que não me atraem muito, mas, definitivamente, bons filmes. Babel fecha a trilogia começada com Amores Brutos, e conta 3 histórias, que são meio deslocadas umas das outras, mas que terminam por ser interligadas, entrelaçadas.

A primeira, no Marrocos, conta sobre crianças camponesas marroquinas que recebem um rifle do pai para tomar conta do rebanho e matar chacais e um casal americano em crise; A segunda, no Japão, onde uma adolescente surda-muda e seu pai vivem em atrito depois da morte da mãe da família; A terceira se passa nos EUA, onde uma babá mexicana quer ir para o México para o casamento do filho, mas não tem com quem deixar os filhos dos patrões, então resolve levá-los junto. Ok, já deu pra ver que vai acabar em besteira né?

Pois é... O desmantelo come solto! Bem ao estilo dos filmes anteriores da trilogia, mas esse me chamou muito mais atenção, acho que porque a história seja um tanto mais envolvente, e pela universalidade dos problemas apresentados. Podemos ver que apesar das diferenças culturais gritantes entre os povos, os problemas parecem ser comuns entre todos (salvando as devidas proporções, claro!).

O elenco é bom. Vários atores de etnias e nacionalidades diversas. Nesse tipo de filme onde não temos protagonistas (bem ao estilo de Crash e Magnólia) acho que podemos definir como “principais” os papéis de Adriana Barraza (foto ao lado), que faz a babá mexicana que consegue roubar a cena do seu excepcional compatriota Gael García Bernal, Brad Pitt (foto mais acima), como o americano em viagem ao Marrocos e a japonesa Rinko Kikuchi (foto mais abaixo), como a menina surda-muda, que se perde na vida. A japonesa em especial me encantou muito. Os três estão indicados ao Globo de Ouro, e as duas indicadas ao Critics Choice Award e ao prêmio do sindicato (SAG Awards) nas categorias de coadjuvantes. O elenco ainda conta com Cate Blanchett, muito bem, como sempre.

Enfim, eu até gostei do filme. No fundo, ele é quase igual ao Crash. Boa proposta, mas um tanto mal realizado. Cai no pedante e no absurdo, mesmos problemas do Crash. Pelo menos ele me divertiu mais que o Crash. É um filme ligeiramente longo, com quase duas horas e meia de duração. Tem muita cena desnecessária e termina se enrolando um pouco. As diferentes histórias se alternam constantemente, bem ao estilo já conhecido do Iñarritú. Talvez não seja um filme pra todos os gostos, nem pra todos os públicos.



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