Fogo devora Cinecittà
Cinema

Fogo devora Cinecittà


(O fogo consome sem piedade a Cinecittà. Foto: EFE)

Um violento fogo deflagou ontem pelas 21:00 e tem vindo a consumir a Cinecittà, a cidade do cinema situada em Roma, e de onde saíram míticos filmes como "Ben-Hur" (1958) e "Dolce Vita (1960).

As chamas, que já chegaram a atingir 50 metros, começaram num hangar de 2000 metros quadrados onde estavam armazenados materiais da série "Roma", produção anglo-americana que descreve o nascimento de Roma. Estima-se que cerca de 4000 metros quadrados já estão reduzidos a cinzas depois do trágico acidente, sendo que os míticos estúdios ocupam uma área de 600.000 metros quadrados, cuja protecção é agora preocuopação das autoridades locais.

A CIDADE DO CINEMA

Cinecittà, a cidade do cinema em língua portuguesa, são uns estúdios criados na década de 30 pelo ditador fascista Benito Mussolini, numa tentativa de competir com os estúdios de Hollywood, que tanto sucesso faziam em terras do Tio Sam. De facto, Mussolini empenhou-se a fundo em conseguir que esta "cidade" saltasse para o topo da produção cinematográfica, tendo ficado conhecida, durante uns tempos, como a "Hollywood sul Tevere" (Hollywood sobre o Tigre). Foi em 1934 que Luigi Freddi, que havia sido apresentado ao ditador, sugeriu que se criasse uma direcção de cinema, que fosse essencialmente base de propaganda e de controlo ideológico. até porque a importação de fitas era mal vista pelo regime.

A sua década de ouro foi durante a II Grande Guerra, tendo aí sido filmadas películas como o citado "Ben-Hur" (1959) e "Quo Vadis" (1949). Nessa mesma época, em 1943, a Cinecittà chegou a ser alvo de um bombardeamento, em plena guerra, pelas forças aliadas. Posteriormente, os estúdios ficaram ligados a grandes nomes do cinema como Luchino Visconti, Roberto Rossellini ou Vittorio de Sica.

No final da década de 80, a Cinecittà este muito perto de fechar, face a uma eminente falência, tendo no início dos anos 90 sido privatizado pelo Governo Italiano. De facto, e até aos dias de hoje, os estúdios recebem 25% de orçamento público e 75% de privado, e com esta opção um boom de produções, tendo Martin Scorscese optado por aí filmar algumas das suas obras (como "Gangs of New York"), bem como "Life Aquatic of Steve Zissou" de Wes Anderson, ou "Passion of the Christ" de Mel Gibson. Para mais informações, site dos estúdios.





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