Elenco: Mathieu Amalric, Emmanuelle Seigner, Marie-Josée Croze, Max von Sydow, Marina Hands, Jean-Pierre Cassel, Anne Consigny
Roteiro: Jean-Dominique Bauby (romance), Ronald Harwood
Duração: 112 min.
Minha nota: 8/10
Jean-Dominique Bauby é o editor chefe da revista Elle francesa, tem três filhos, vários amores e uma vida bem animada. Em um passeio com o filho ele sofre um AVC e como conseqüência perde todos os movimentos do corpo, menos o da pálpebra do olho esquerdo. Para se comunicar com o mundo Jean-Do segue o método de sua fonoaudióloga que ao ditar as letras, por ordem de uso na língua francesa, acaba o permitindo a formação de palavras, frases e, por fim, no livro O Escafandro e a Borboleta.
Foi a história do filme que me manteve tanto tempo afastada dele, mesmo depois de ter os convites na mão. Para mim é difícil ver qualquer coisa que trate de doenças sem ficar profundamente abalada e triste. Mas, ao mesmo tempo, estava curiosa para ver como a história de um homem completamente paralizado poderia virar um filme que agradou a tanta gente.
O diretor, Julian Schnabel, esclarece minha dúvida logo no começo do filme ao optar pela câmara subjetiva e por nos mostrar a realidade pelos olhos, ou olho melhor dizendo, de quem acabou de passar por uma tragédia e agora encontra-se preso no próprio corpo.
Na primeira parte do filme, este é o único meio de vermos a história. A vontade de morrer do personagem, o desespero da prisão, o medo e a angústica estão ali e é quase como se nós espectadores estivéssemos sentindo o que Bauby sente. Na segunda parte, estamos dentro e fora do personagem e passamos a sentir como os outros também.
O resultado não poderia ser melhor. Ainda mais se considerarmos que o elenco talentoso mergulha de cabeça na história, com destaque para Marie-Josée Croze como a fonoaudióloga, Max von Sydow como o pai e Emmanuelle Seigner como a dedicada ex-esposa.
O roteiro é excelente e a fotografia de Janusz Kaminski está estupenda, irretocável.
Lindo, sensível e emocionante, não há como não se envolver com o filme. Para mim, um dos melhores de 2007. Indispensável!
Um Grande Momento
A ligação do pai.
Prêmios e indicações(as categorias premiadas estão em negrito)
Oscar: Direção, Roteiro, Fotografia (Janusz Kaminski), Edição (Juliette Welfling)
BAFTA: Filme Estrangeiro, Roteiro Adaptado
Cannes: Palma de Ouro, Direção, Grande Prêmio Técnico
César: Filme, Direção, Ator (Mathieu Amalric), Roteiro Adaptado, Fotografia, Edição, Som (Jean-Paul Mugel, Francis Wargnier, Dominique Gaborieua)
Globo de Ouro: Filme Estrangeiro, Diretor, Roteiro
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