A Princesa e o Sapo // The Princess and The Frog
Nota: 9,0Ai, me deixa! Eu assisto filme da Disney desde que me entendo por gente e fazia até coleção das fitas. Só que dos mais de 20 que eu tinha, acho que só tem uns 5 ou 6 lá na casa dos meus pais. Emprestar é a ruína... Enfim, a Disney, que é dona da Pixar também, depois de muito tempo só produzindo os filmes em 3D da Pixar (que são ótimos, não nos esqueçamos), a Disney voltou a produzir um filme em animação tradicional, mais uma das suas velhas sagas das princesas para aumentar a coleção.
Mas dessa vez a novidade é que a princesa é uma negra. E o príncipe é um latino de sotaque forte, e na versão original ele é dublado pelo brasileiro Bruno Campos, que fez O Quatrilho, e vários seriados americanos, como Nip/Tuck e Jesse. Já a “princesa”, que na verdade é só mais uma negra serviçal de Nova Orleans, é a Anika Noni Rose de Dreamgirls. Uma “modernidade” e um avanço pros estúdios Disney, mas ficou só nisso mesmo.
O resto é o velho moralismo de sempre, aquela coisa puritana Disney de ser. A obsessão com a monarquia e a riqueza como forma de ascensão social (por casamento, óbvio), amor e casamento são mais importantes que lutar pelos seus sonhos (porque a vida depois do casamento são as mil maravilhas...), além dos tradicionais personagens simpáticos e carismáticos, porém todos estereotipados. Voodoo, rezadeira, matutos, ignorantes, o bruxo mau afeminado (tipo Jafar e Scar). E de todas as outras histórias da Disney, o casalzinho me lembrou mais o da Bela e a Fera. A mocinha pobre, porém trabalhadora, inteligente e esforçada, e o príncipe é um anti-herói. Só que aqui ele é um nobre vagabundo, cafajeste e encantador, e não um mal-humorado agressivo.
Bom, a história é sobre Tiana, uma moça pobre que sonha em ter seu restaurante, principalmente pra realizar a vontade do pai, que morreu e nunca conseguiu. Sua melhor amiga é uma rica loira mimada, que não faz nada na vida, a não ser gastar o dinheiro do pai e esperar pelo seu príncipe (sim, sempre um príncipe, não podia ser jornaleiro, advogado, músico, bombeiro, etc.), mas de bom coração. A amiga enlouquece quando o príncipe Naveen chega à Nova Orleans, e ela planeja tudo para laçá-lo. A dubladora americana dessa personagem é um dos pontos fortes do filme (não conferi a voz brasileira).
Mas antes dela laçá-lo, um macumbeiro (Sim, porque pra moral cristã, cultos africanos são todos demoníacos... E ainda é afeminado, porque gay não é coisa de Deus também) o transforma em sapo e, com um cúmplice, ele usa a aparência física do príncipe e tenta se aproveitar para casar com a loira e ficar rico. E para o sapo voltar ao normal, precisa de um beijo de uma princesa. Mas ele confunde Tiana com uma princesa, e acaba ela também virando sapo.
E ao contrário de Nine, esse filme eu assisti esperando nada, e por isso gostei tanto. Achei muito bonito visualmente, de bom gosto, e também adorei a trilha sonora, do compositor veterano Randy Newman. Depois de quase 16 indicações ao Oscar ele finalmente ganhou em 2002 pela cançãozinha insossa “If I Didn’t Have You”, de Monstros S.A., um prêmio de consolação obviamente. Anos mais tarde ele concorreu de novo com a linda “Our Town” de Carros, cantada por James Taylor, e não levou.
No conjunto, essa é a minha trilha favorita dele. O som do jazz de Nova Orleans é ótimo, e muito agradável de ouvir. Dá pra comprar o CD e ouvir inteiro tranquilamente. E dessa vez ele foi indicado novamente por duas das canções do filme, “Almost There” e “Down in New Orleans”. Eu teria escolhido “Ma Belle Evangeline” e “When We’re Human”. Achei mais bonitas. No mais, o filme tem um ritmo ótimo, tem começo, meio e fim, e acaba na hora certa. Só a título de curiosidade, em janeiro, mais de 50 meninas foram parar no hospital com salmonela depois de copiarem o filme e beijarem sapos por aí. Crianças...
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