Cinema
Seção CINEMA // Crítica Bastardos Inglórios
Obs: Esse foi um texto feito logo após ver o filme. Hoje (junho/2011) minha nota seria 9,5.
Oh, My God! They Killed Kenny!Bastardos Inglórios // Inglourious Basterds
Nota: 7,5Tarantino é dos meus diretores atuais favoritos. Então apesar do tema guerra/holocausto já ter me saturado faz tempo, não foi nenhum sacrifício assistir o novo filme dele. Eu sabia que dali iria sair uma maneira interessante de abordar o tema. E não estava enganado. Ele o definiu como um faroeste de catchup da Segunda Guerra Mundial. O filme é muito interessante. As histórias são envolventes e prendem a nossa atenção. As 2 horas e meia de filme mal se sente passar. Então vocês podem perguntar o porquê da nota relativamente baixa. Calma, tem explicação. Vou relatar tudo. Sigam-me os bons!
Bom, o filme tem duas histórias distintas que se cruzam sempre e se encontram em certo ponto. Vamos a elas:
#1 – Na França ocupada pelos nazistas, uma família judia se esconde em uma casa no interior, mas são encontrados pelo detetive alemão Hans Landa, que o Tarantino queria que fosse interpretado por Leonardo DiCaprio. Eu o acho um ótimo ator, mas me pergunto como o Leo se sairia falando alemão, francês e italiano... O papel acabou com o ator austríaco Christolph Waltz, que ganhou o prêmio de melhor ator em Cannes. Enfim, apenas uma moça consegue escapar. Algum tempo depois ela vive em Paris disfarçada de francesa, com o nome falso de Emmanuelle Mimieux, é dona de um cinema, e passa a ser desejada por um soldado alemão, aquele rapazinho de Adeus Lênin, Daniel Brühl, que de certa maneira a força a ceder seu cinema para ser o local da estréia de um filme nazista, com a presença da nata do exército alemão, inclusive Hitler.
#2 – Um exército alternativo chamado Inglorious Basterds, liderado pelo Brad Pitt, caça nazistas e coleciona escalpos dos cadáveres dos alemães recém assassinados. Essas cenas são ótimas... Eles têm vários aliados, como franceses, americanos, ingleses e uma famosa atriz alemã, feita pela Diane Kruger, que era a Helena em Tróia e num primeiro momento me lembrou a Demi Moore, até eu poder ver o seu cabelo louro. Mas eu sabia que não era a Demi... O Tarantino queria a Nastassja Kinski interpretando-a inicialmente. Com a ajuda da Diane, eles descobrem sobre a estréia do filme nazista e armam um plano pra assassinar Hitler e acabar com a guerra.
Apesar das histórias serem totalmente fantasiosas, e de forma alguma servirem para retratar a história, as histórias são ótimas e muito interessantes. Ainda se perguntam sobre a nota... Eu explico. Acho que esse seja o filme com mais altos e baixos que eu já vi. Os créditos iniciais no início são um tédio interminável. Apenas letras amarelas num fundo preto e não acabam nunca. Depois vemos os capítulos do filme, e as histórias começam a interessar. O filme tem muito senso de humor e isso conta muito. Em contrapartida a violência é exagerada. Essa obsessão do Tarantino já passou do nível patológico. Ainda não vi um filme dele em que pelo menos metade do elenco morresse.
Há longas cenas em que se combinam humor negro e suspense. Elas são excelentes. Uma das melhores cenas é a do bar, com a Diane, que é excelente até o final. O elenco também é soberbo. O ator austríaco que faz o caçador de judeus ganhou o prêmio em Cannes, tem o melhor papel do filme de longe, mas a cena que eu vou lembrar pra sempre é o Brad Pitt falando "arrivederci". Apesar de ter sido rotulado como galã desde o início e ser subestimado, sempre o achei um bom ator, desde o tempo de Thelma e Louise e Os 12 Macacos. E ele é um dos poucos atores de Hollywood que conseguiu fazer três grandes performances seguidas. Queime Depois de Ler, Benjamin Button e esse. E são três papéis bem distintos, mas assim como em Queime Depois De Ler, aqui ele usa muito da sua veia cômica.
A Diane também me surpreendeu. Não sabia que ela era tão boa. Eu a vi em Tróia e acho que não vi mais nada dela desde então. Também queria ver mais do namorado dela, o Joshua Jackson, que era o Pacey de Dawson’s Creek, e era o melhor ator deles, junto com a Michelle Williams. Mas o filme dá uma derrapada legal no terço final. Perde totalmente o senso de humor, e foi o que mais me incomodou. O fim bota tudo a perder, porque o Taranta errou a mão dessa vez. Exagerou no seu sadismo já tradicional e dessa vez não deu pra rir. Tanto que o filme não foi bem recebido em Cannes, e ele reeditou para lançá-lo no cinema. E mesmo assim não gostei muito do resultado final dessa versão. Gostaria de ver a versão inicial pra ter noção de quais foram as melhorias. Se é que houve alguma...
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