Seção CINEMA // Crítica Idas e Vindas do Amor
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Seção CINEMA // Crítica Idas e Vindas do Amor



A Noite dos Desesperados


Idas e Vindas do Amor // Valentine’s Day

Nota: 5,0

Chega dá pena dessa tentativa frustrada de Simplesmente Amor. A diferença é simples: sutileza e senso de humor. E fazem uma diferença grande. Enquanto um pode ser agradável, o outro cai no grosseiro e nos clichês. Não tem uma piada sequer engraçada. E ainda é aquela ode a uma data inventada pelo capitalismo pra movimentar o mercado, e fazer quem não tem ninguém se sentir mal. Besta de quem se deixa levar... Até os cartazes dos filmes são todos muito clichê. Deu trabalho pra escolher um, mas eu peguei o melhorzinho pra colocar aí do lado (que na verdade é muito bom, ao menos isso).

O principal atrativo do filme é o elenco, que assim como o de Simplesmente Amor, é gigante e estelar, o que normalmente significa em estrela demais sem ter o que fazer, vide Gosford Park, Full Frontal, O Jogador, etc. Em Simplesmente, eles fugiram a regra, aqui, caíram no clichê. Então eu vou listar os atores do filme. É bom que pelo menos ocupa espaço no post:

- Julia Roberts, que todo mundo conhece, todo mundo ama, mas nem é tão boa assim;
- Bradley Cooper, que eu gostei no execrado Wet Hot American Summer, mas fez sucesso em Se Beber Não Case;
- Ashtor Kutcher, que só eu que acho um Mané?;
- Jennifer Garner, a espiã de Alias e a mal-amada de Juno;
- Anne Hathaway, a princesa daquele diário da Disney;
- Topher Grace, o magrelinho de That 70’s Show, que cresceu (mas continua magrelo);
- Jessica Biel, que fez muito filme mas é famosa por ser bonita;
- Jessica Alba, idem;

- Emma Roberts, sobrinha da Julia (a tia é a eterna Pretty Woman, mas ela é muito mais bonita), e a espiã-juvenil Nancy Drew;
- Taylor Lautner, o vira-lata computadorizado de Crepúsculo e Lua Nova;
- Taylor Swift, a cantora country-teen, que deve metade do sucesso (e os Grammys) ao Kanye West;
- Patrick Dempsey, que foi de adolescente feioso dos anos 80 a médico charmoso em Grey’s Anatomy;
- Eric Dane, o médico galinha e amigo do Patrick em Grey’s Anatomy;

- Shirley MacLaine, a diva de Se Meu Apartamento Falasse, Laços de Ternura, entre diversos outros;
- Hector Elizondo, eterno coadjuvante no cinema, mas já ganhou Emmy por Chicago Hope;
- Kathy Bates, outra grande atriz, mas não tem nada pra fazer;
- Jamie Foxx, ou Ray Charles cover, como preferirem;
- Queen Latifah, que é boa, mas só tem feito besteira (em mais um dos exemplos);
- George Lopez, aquele comediante sem graça;
- Ufa!

O filme é moralista, conservador, e enfiaram um casal gay no meio pra se fazer de moderninho, mas eles são praticamente figurantes, e na única cena juntos nem diálogo tem. A sobrinha da Julia faz uma babysitter de um pirralho insuportável (que era o papel do filho do Liam Neeson em Simplesmente) que vive gritando aos 4 ventos que está amando. Só os deuses do Olimpo sabem o quanto eu odeio ator mirim. Digo, a maioria. Há um vídeo do Leonardo DiCaprio falando de atores mirins que eu adoro (veja o momento no minuto 5:30). A gente sabe que a maioria desses mirins e teens são só bonitinhos (feito uns filhotinhos de poodle, lindinhos e irritantes) e inventadas pra ludibriar as adolescentes a fazer seus pais gastarem dinheiro.
Lógico que sempre tem uma Jodie Foster, Jamie Bell, Saoirse Ronan, Nicholas Hoult, Abigail Breslin, Haley Joel Osment (que sumiu), Anna Paquin, o próprio Leonardo, mas eles são exceção nesse mundo de Jordys, Miley Cyrus, Justin Biebers, e afins. E voltando a sobrinha da Julia, ela faz uma jovem de 18 anos que planejou a sua “primeira noite de amor” no dia dos namorados, aquela coisa mágica, romântica e especial (aquela babaquice de sempre), mas ela desiste porque ainda não está na hora... Só faltou dizer que só depois que casasse, pra completar o pacote da moral e bons costumes. Um daqueles momentos que não expressam realidade. Vide (citando pela enésima vez – e não me canso) a filha da Sarah Palin.

E a melhor coisa de longe do filme é a Anne Hathaway, porque é o papel mais interessante. Ela faz uma atendente de sex phone que está dividida entre dividir seu dia dos namorados com o Topher Grace, ou o trabalho, já que é o dia mais requisitado do ano. Mas não desenvolvem bem, até porque tem gente demais pra aparecer. Não dá pra criar situações mais complexas. Enfim, um filme feito para o público feminino, que deve gostar dele, apesar de ser bem mais do mesmo, até inferior a vários, inclusive à história de cinderela Uma Linda Mulher, que é do mesmo diretor, Garry Marshall.



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