Cinema
Seção CINEMA // Crítica Marley e Eu
Laços de TernuraMarley & Eu // Marley & MeNota: 9,0Mais um best-seller vira filme. Desta vez uma comédia leve e emotiva sobre o relacionamento de uma família e de um endiabrado e carinhoso cachorro. O diretor é o David Frankel de O Diabo Veste Prada, outro filme que adoro, e que por coincidência, era também um Best-seller. Ou não...
John Grogan é o jornalista americano que escreveu o livro. Aqui quem o faz é o Owen Wilson, que hoje em dia é mais famoso por ter tentado suicídio do que pelos trabalhos que já fez. Ele compra um cachorro para a mulher, a sempre linda Jennifer Aniston, para que ela adie os planos de maternidade.
O bicho é extremamente dócil, mas impossível. Tanto que usaram 22 cães no filme para fazê-lo. Se fossem ensinar todas as travessuras para um cachorro só, ele seria o demônio!
Há algumas fórmulas infalíveis de se conquistar lágrimas no cinema: 1) filme com crianças; 2) romances onde a mulher morre (sempre é a mulher), ou qualquer pessoa que não seja o vilão; 3) filmes com animais, etc. Esse filme adota algumas dessas táticas! Minha supervisora Nave Mãe disse que o filme deveria se chamar Eu e Marley, porque o filme se foca mais na vida do cara do que no cachorro, que é quem as pessoas querem realmente ver. Talvez ela tenha razão, até porque o cara é meio chato. Ele muda de opinião como quem muda de roupa. Nunca satisfeito... Dizem que o livro é melhor,
mas eu não sei. Como nunca leio, dificilmente tenho essa opinião pra dar. Li O Código DaVinci e esse eu posso dizer que o livro é muito superior ao filme.
O filme tem um elenco bem famosinho. Além da dupla principal, temos: o Eric Dane, que hoje em dia é o “McSteamy” de Grey’s Anatomy (que eu adoro), que faz o amigo mulherengo do casal; o Alan Arkin que ganhou o Oscar por Pequena Miss Sunshine, que dá as melhores interpretações do filme; a Hayley Bennet que canta “Way Back Into Love” em Letra e Música e é a vizinha do casal; e escondida na pele de uma domadora de cães está a Kathleen Turner, uma das maiores atrizes e símbolos sexuais dos anos 80. Os tempos mudaram para ela... Ela sofreu de uma doença muito pouco conhecida que a fez mudar muito fisicamente e se acabou se afastando da indústria. Ela até tentava trabalhar em filmes de terror ou coisas do gênero. Acabou fazendo teatro e Friends, onde ela era o pai transformista do Chandler...
Normalmente quem tem ou já teve cães se identifica muito com o filme, porque as situações vividas são comuns. Não todas de uma vez, senão o filme não teria nada demais, mas todo mundo já viveu algumas delas. E o importante do filme é esse, mostrar o companheirismo dos cães, que realmente se tornam parte da família. É difícil depois se acostumar com a vida sem eles.
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