Seção CINEMA // Descendo a lenha! (Parte 1)
Cinema

Seção CINEMA // Descendo a lenha! (Parte 1)


Durante esse tempo que não venho atualizando o blog, vi diversos filmes, como não poderia deixar de ser. Então vou postar comentários breves sobre alguns deles:

Vestidos Medonhos
Vestida pra Casar // 27 Dresses
Nota: 8,5
Mais uma comédia romântica com fórmula pra lá de batida. Não há nada novo nele. Cada um dos enredos pode ser reconhecido em outros filmes. Mas o filme é divertido, e como de costume, a trilha sonora é muito boa. As atuações estão acima da média para o gênero, talvez por isso o filme seja bom. Katherine Heigl e James Marsden são carismáticos e competentes como protagonistas e Judy Greer como a melhor amiga da Katherine rouba as cenas.
A história é sobre Jane (Heigl), uma moça que organiza casamentos, sendo madrinha em todos, e vive sonhando com o seu. Só que o homem dos seus sonhos, o seu chefe (Edward Burns) é fisgado justamente por sua irmã predadora (Malin Akerman), que pede sua ajuda pra organizar o seu casamento. Enquanto isso ela vai se envolvendo num relacionamento de amor e ódio com um cínico jornalista (Marsden).

Vida que Segue
Um Beijo Roubado // My Blueberry Nights
Nota: 9,5
Primeiro filme feito em inglês pelo cultuado e aclamado diretor chinês Wong Kar-Wai. Ele já havia rodado um filme na Argentina (Felizes Juntos), mas o elenco e equipe técnica era toda chinesa. Estréia também da talentosíssima cantora Norah Jones nas telas. O filme tem um ritmo ótimo, elenco excelente e história envolvente.
Sinceramente, eu não saberia precisar uma sinopse para o filme. É mais ou menos assim: após sofrer desilusão amorosa, uma garota (Jones) vai a um bar/restaurante desafogar as mágoas e torna-se amiga do dono do estabelecimento (Jude Law). Depois ela some, mas manda cartas a ele contando suas novidades. Vocês vão ver que a história é bem mais que isso, mas foi o que eu consegui sintetizar dela. Ainda no elenco David Stratharn (Boa Noite e Boa Sorte), Rachel Weis (O Jardineiro Fiel) e Natalie Portman (Closer).

Ninguém Tem Vez
Onde os Fracos Não Têm Vez // No Country For Old Men
Nota: 7,5
Vencedor do Oscar de Melhor Filme, esse filme dos irmãos Coen me decepcionou um pouco. Achei inferior a outros filmes deles, como Fargo. Tem uma história legal, mas achei arrastado demais. Poderia ser bem mais enxuto e dinâmico se cortassem umas meia hora dele. O ponto alto do filme com certeza é a brilhante interpretação do espanhol Javier Barden, que lhe rendeu diversos prêmios como o Bafta, Globo de Ouro, SAG e o Oscar.
A história é sobre um fazendeiro (Josh Brolin) que acha no meio do deserto uma fortuna oriunda de uma venda mal feita de drogas e toma posse dele. Por isso acaba sendo perseguido por um assassino psicopata (Barden) que também tem interesse no dinheiro. Ainda no elenco Tommy Lee Jones e Kelly McDonald.

Para Ver Diversas Vezes
Apenas uma Vez // Once
Nota: 9,5
Um dos filmes mais tocantes que vi ultimamente. Um filme independente rodado na Irlanda sobre um músico de rua e uma imigrante tcheca vendedora de flores. Ele sonha em se tornar um músico conhecido e quer juntar dinheiro pra gravar uma demo e tentar a sorte em Londres e por acaso acaba conhecendo a imigrante que se encanta com o seu trabalho e o ajuda a atingir seu objetivo.
Glen Hansard e Marketa Irglova, os dois protagonistas do filme, ganharam o Oscar de melhor Canção Original por Falling Slowly, no momento mais emocionante da cerimônia, tanto na interpretação quanto na premiação, em que uma produção independente e fora dos padrões comerciais hollywoodianos foi reconhecida.

Esqueceram de Mim
Longe Dela // Away From Her
Nota: 9,0
Filme escrito e dirigido pela atriz canadense Sarah Polley e estrelado pela veterana atriz inglesa Julie Christie, que ganhou um Oscar de melhor atriz logo no início da carreira, em 65, por Darling. Por esse filme ela quase leva sua segunda estatueta. Era a grande favorita, mas não levou.
A história é sobre o conflito de um marido ao ver sua mulher sofrendo de Alzheimer. Ao interná-la numa clínica, ela vai se esquecendo dele e se envolvendo com outro paciente. Um filme bonito e delicado. Não é recomendado para o público da minha idade (eu sou uma exceção). Normalmente eles acham o filme chato e monótono.

Minha Vida Nada Cor-de-Rosa
Piaf // La Môme
Nota: 8,0
Mais uma cinebiografia que tá tão em moda ultimamente. Vocês têm noção de quantos atores foram premiados nessa década por interpretarem pessoas reais (conhecidas ou não)? Vamos a uma rápida lista: Helen Mirren (Rainha Elizabeth), Forest Whitaker (Idi Amin), Reese Witherspoon (June Carter), Joaquin Phoenix (Johnny Cash), Philip Seymour Hoffman (Capote), Jamie Foxx (Ray Charles), Leonardo DiCaprio (Howard Hughes), Cate Blanchett (Katharine Hepburn), Al Pacino (Roy Cohn), Charlize Theron (Aileen Wuornos), Nicole Kidman (Virginia Woolf), Russell Crowe (John Nash), Jennifer Connelly (Alicia Nash), Jim Broadbent (John Bailey), Julia Roberts (Erin Brockovich), Marcia Gay Harden (Lee Krasner), Kate Hudson (Penny Lane), Hillary Swank (Brandon Teena) e Angelina Jolie (Lisa Rowe). Isso sem contar as interpretações de personagens “inspirados” em outras pessoas, como Jennifer Hudson (Florence Ballard), Meryl Streep (Ethel Rosenberg, Anna Wintour), e as que não me vêm em mente agora. Um bocado, não? E esse ano a francesa Marion Cotillard se juntou a lista.
Marion tem a minha simpatia. Consegue fazer além da imitação de uma personalidade, ela consegue viver a pele da personagem, coisa que poucos dos premiados acima conseguiram. Além de estrelar um filme não hollywoodiano e não falado em inglês. Até o seu discurso de agradecimento no Oscar, acho que o mais babaca que eu tenha visto (talvez empate com o da Sally Field), foi adorável.
Bom, o filme conta em fragmentos a conturbada vida da cantora Edith Piaf, até hoje um ícone francês. O nome do filme nos EUA ficou La Vie en Rose (A Vida Cor-de-Rosa), nome de uma de suas canções mais famosas, mas a vida dela de cor-de-rosa não tem é nada. Vemos entrelaçadamente os diversos momentos da sua vida. Direção do maestro Olivier Dahan. O filme cai no gênero de biografias enlatadas, então o melhor filme francês que vi na década continua sendo A Voz do Coração.

O Novo Queridinho da América
O Melhor Amigo da Noiva // Made of Honor
Nota: 7,5
O Casamento do Meu Melhor Amigo às avessas. Desta vez o Patrick Dempsey tomou o lugar da Julia Roberts. Eu o acho bem mais simpático que ela. Pelo menos ele diversifica mais os papéis que interpreta.
A história do filme é sobre um cara que descobre estar apaixonado pela melhor amiga, mas quando ele decide se declarar, ela anuncia que vai se casar e o pede pra ser sua “madrinha”. Situação no mínimo constrangedora, tanto para ele, quanto para nós, o público. O filme é engraçadinho, arranca risadas, principalmente pela boa atuação do Patrick, que já não lembra nada o adolescente desajeitado dos anos 80. Mas querer que a gente acredite que ele tem entre 29 e 30 anos é subestimar a nossa inteligência... No elenco, Michelle Monaghan (Medo da Verdade) e Busy Phillips, que eu não via desde os tempos de Dawson’s Creek.

Vista Embaçada
Ponto de Vista // Vantage Point
Nota: 6,5
Mais uma aventura para o Tela Quente. A única coisa realmente boa do filme é uma fala da repórter americana (Zöe Saldaña) na Espanha, dizendo que nem todo mundo é a favor dos EUA. Como não poderia deixar de ser, ela morre no meio do atentado...
Bom o filme com elenco brilhante e roteiro medíocre fala sobre um atentado terrorista em Salamanca, na Espanha, em uma visita de um fictício presidente dos EUA, feito pelo William Hurt. Ainda no elenco, temos o Forest Whitaker, como um valente turista, Matthew Fox, do seriado Lost, como um dos seguranças do presidente, Eduardo Noriega, como um espanhol envolvido no acontecimento, Sigouney Weaver, que some no meio do filme, e o grande herói, o idolatrado salve, salve, Dennis Quaid. Até diverte na hora, mas depois a gente se esquece fácil, fácil dele.

Quem quer dinheiro?! ...Ops! Diamantes?
Um Plano Brilhante // Flawless
Nota: 8,0
Filme do diretor Michael Radford, que fez filmes como O Mercador de Veneza e o Carteiro e O Poeta. No elenco, Michael Caine (Filhos da Esperança e Regras da Vida) e Demi Moore (Ghost e Proposta Indecente). A história é sobre um zelador que convence uma injustiçada executiva a roubar da maior companhia britânica de diamantes.
O filme é melhor do que eu esperava. Demi Moore, que ficou estigmatizada pela quantidade enorme de filmes ruins que fez, prova que pode ser uma boa atriz quando encontra um roteiro interessante, e Michael Caine, duplamente premiado pela Academia, mostra-se competente.

Dinheiro Na Mão é Vendaval
Quebrando a Banca // 21
Nota: 7,0
Jovem brilhante precisa de dinheiro pra estudar medicina em Harvard. O que ele faz? Junta-se a um clube que arma estratégias para ganhar fortunas jogando um jogo desses aí em cassinos de Las Vegas. Receita perfeita para se juntar diversos dos clichês mais batidos de Hollywood numa produção só. O resultado fica um Tela Quente, quase Sessão da Tarde. O filme diverte, passa o tempo, mas se pararmos pra analisar, ele maquia demais a realidade. Faz tudo parecer mais simples do que realmente é. Alem de ter umas situações difíceis de entender. Tipo, por quê um grupo de pessoas que mora em Boston vai todos os finais de semana jogar em Las Vegas, que fica do outro lado do país, sendo que eles poderiam ir pra Atlantic City, que fica muito mais próximo e é uma cidade muito mais segura? Dizem que foi uma história real. Eu realmente queria saber até que ponto a realidade toca nesse filme.
No elenco Jim Sturgess (Across The Universe), Kate Bosworth (a Lois Lane de Superman) e Kevin Spacey (Beleza Americana), com direção de Robert Luketic, responsável por Legalmente Loira (1 e 2) e A Sogra.



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