Seção CINEMA
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Terra de Ninguém

Ensaio Sobre a Cegueira // Blindness

Nota: 9,0

Fernando Meirelles, o diretor brasileiro de maior sucesso internacional da atualidade, que fez Cidade de Deus e O Jardineiro Fiel, adaptou a obra Ensaio sobre a Cegueira do escritor português premiado com o Nobel José Saramago. Projeto no mínimo audacioso, que o brasileiro parece gostar de encarar. Estreou em Cannes e não teve críticas divididas. Nada que exaltasse ou depreciasse a produção.

Bom, o filme é sobre uma epidemia de cegueira branca que ataca em alguma cidade não especificada onde todo mundo fala inglês. E essa epidemia parece ser contagiosa, então os contaminados passam a ser trancafiados em um lugar imundo, já que eles são cegos e não podem reclamar, tipo campo de concentração nazista. Só que no meio deles, tem a Julianne Moore, que é mulher do Mark Ruffalo. A Ju não ficou cega, mas finge pra pode ficar junto com o marido. Como as pessoas ficam hospedadas nesse hotel 5 estrelas (cadentes), elas acabam tendo que lutar por suas necessidades e deixam aflorar seus instintos mais primários. Claro que a Ju acaba sendo a que sofre mais com a situação toda.


O filme me lembrou muito O Nevoeiro, que eu vi anteriormente no cinema. As duas histórias e os gêneros são diferentes, mas eles lidam com o mesmo tema: como as pessoas reagem ao caos e anarquia? Em um caso, é uma cegueira, no outro, criaturas assassinas causam isso. Em Cegueira eu achei tudo mais deprimente, porque tudo levava as pessoas a se submeterem a situações em que toda a sua dignidade é tirada. Numa cena o Mark fala pra Julianne algo tipo “é difícil de te ver como minha esposa agora, você age como a minha mãe”. Mas ele tinha esse “privilégio”. E os demais?

Tudo vai se desenvolvendo para momentos cada vez piores. A história não tem fé nenhuma na humanidade, assim como O Nevoeiro. Mas em cada caso as personagens agem de formas distintas. É interessante de se assistir, mas difícil de digerir. A gente sofre com a situação junto com eles. O final em nada lembra o desespero de Nevoeiro.


O elenco é brilhante. Além da Julianne (Evolução, Longe do Paraíso, Boogie Nights, As Horas) do Mark (Em Carne Viva, E Se Fosse Verdade, De Repente 30), temos a brasileira Alice Braga (Cidade de Deus), o mexicano Gael Garcia Bernal (Diários de Motocicleta), Danny Glover (A Cor Púrpura), e a Sandra Oh (Grey’s Anatomy, Sideways) faz uma pontinha.



Mãe do céu...
Mamma Mia!

Nota: 5,0


Como ninguém é perfeito, a Meryl Streep tem que ter algumas coisas trash no currículo. Nada que comprometa. Mamma Mia é uma peça da Broadway que foi montada baseando-se em músicas do ABBA, e agora adaptada para o cinema. As músicas vão se juntando de uma forma até contar uma história. Algo parecido com Across The Universe, só que dessa vez a história ficou mais coesa do que com a música dos Beatles.

A história é sobre uma jovem (Amanda Seyfried) que está prestes a casar com o namorado (Dominic Cooper) e não conhece o pai. Então ela rouba o diário da mãe (Meryl) e convida três dos homens com quem ela se envolveu antes de ela nascer para o casamento no intuito de descobrir qual deles é o seu pai.


O elenco é cheio de atores 45+ no elenco e é teoricamente bom, mas todos cantam mal. Muito mal. Se você quiser escutar ABBA, compre ABBA Gold ou algum DVD da banda. E nenhum dança bem também. As coregrafias são bem amadoras. Meryl, Colin Firth (Bridget Jones 1 e 2, Simplesmente Amor), Pierce Brosnan (O 007 dos anos 90), Stellan Skarsgard (Ronin, O Exorcista – O Início), Julie Walters (Billy Elliott!!!) e Christine Baranski (A Gaiola das Loucas) fazem parte das personagens principais over 50 do filme. E o filme é pra essa faixa etária de fato. Parece sua mãe quando reencontra a "Lourdinha" e a "Carminha", que faziam o segundo grau com ela e iam dançar nos bailinhos do interior tomando ponche, e começam a dançar na sala, com os filhos já grandes vendo e pensando: Que ridículo, mãe! por favor, pare com isso!

Na sessão que eu estava, tinha diversas pessoas de meia idade e elas morriam de rir com as piadas, que eu, com 23, não via graça nenhuma. O que me mantinha na sessão eram as músicas. Eu ficava curioso pra saber qual música ia dar continuidade à história e como. Mas eles merecem se divertir também né? E o filme pode não ser bom pra mim, mas não faz mal a ninguém. O cenário é bonito (Ilhas gregas), figurinos coloridos, figurantes, na grande maioria, jovens e bonitos, tudo muito alegre. Nada profundo ou para se pensar. Diversão garantida num asilo.




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