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Crítica: Harry Potter e As Relíquias da Morte - Parte 1

A Série está muito mais madura e caminha para um desfecho que irá honrar sua repercussão mundial e sucesso avassalador. O primeiro filme tem como grande defeito a vontade compulsiva que gera em todos os espectadores de assistir a segunda parte. A idéia de repartir a obra em duas foi a melhor sacada que os responsáveis pela adaptação da história poderiam ter, pois desta vez o longa se mantém muito fiel ao livro e consegue trabalhar com menos cortes ou reduções dos contos escritos por J. K. Rowling.

Nesta primeira parte do sétimo filme, os diretores partem do pressuposto que todos já conhecem a vida dos personagens e nos poupa de assistir a mais uma "introdução". O filme já começa pra valer e mostrando que todos terão de abrir mão de coisas que ama para tentar sobreviver nesta nova fase que o mundo do bruxos se encontra. Esse momento da trama pode ser resumido como um momento em que Harry, Rony e Hermione tentam sobreviver e entender a situação em que se deparam. O trio precisa descobrir quais são as Horcruxes que faltam ser destruídas e partem em uma jornada de sobrevivência e descobrimento. Em paralelo a isto o Lord das Trevas continua ampliando seu poder e buscando a varinha das varinhas, por acreditar que só assim será capaz de matar o menino que sobreviveu.

Tudo isso em cena não me decepcionou e comprovou a minha teoria de que esta parte seria a preparação de um terreno para um final excepcional. Outro ponto muito válido é que a história deixou de ser para crianças e a todo momento podemos nos deparar com mortes e cenas sombrias. As magias que os "jovens" bruxos aprenderam nos filmes passados agora fazem parte do cotidiano e pela primeira vez feitiços tomam conta da produção. Com esse ambiente mais sério e com o tempo menos corrido, os atores ganharam a possibilidade de mostra serviço e pela primeira vez posso dizer que gostei do trabalho do trio principal. Rupert Grint deixou de ser uma válvula de escape para a comédia e conseguiu comprovar o que todos já achavam. Dos jovens da produção ele é o melhor ator e Scorsese não estava errado quando disse que ele ainda será uma grande revelação do cinema. Emma Watson e Daniel Radcliffe também estão muito bem e pela primeira vez conseguiram me convencer de verdade.

Ainda foram cometidos alguns pecados na obra, mas acho que isso é muito relevante diante do que está sendo apresentado aos fãs. Gina ficou muito esquecida no filme, poderiam ter explorado mais alguma cena de romance dela, o que não irá causar muito impacto quando o amor com Harry voltar a tona. Pagando o pecado por não ter mostrado a luta no castelo da escola no filme passado, Gui Weasley aparece meio perdido na obra e desaparece sem ter feito muita coisa útil. Algumas mortes importantes que acontecem no início também parecem que não afetam da maneira correta os personagens, nem o desenrolar da trama.

Sinceramente? Não sei se é porque estou vendo os filmes já com aquele pensamento nostálgico de que esta prestes a acabar uma das histórias que mais me cativou e que acompanhei esperando a cada o lançamento de um novo livro e a cada ano um lançamento de um novo filme. A questão é que se você voltar no tempo, quando comecei a acompanhar a saga de Harry eu era um menino de sétima série e em dois dias estarei entregando uma monografia de conclusão do curso. Eu vivi essa história e sou completamente alucinado por ela, não é pra menos estar como estou agora né?. Chega de saudosismo, tudo que eu tenho a dizer é corram para o cinema!

A única parte chata é que cinemas lotados em grandes lançamentos são certeza de crianças imaturas que ficam gritando, conversando ou explicando cada uma das cenas para todos ouvirem. Isso é realmente muito chato e fruto de um povo mau educado. Será que vale a pena esperar passar essa tempestade de gente para ir a uma sessão? Não sei não... Eu não iria resistir! E QUE VENHA A PARTE 2!

Nota: 8,5

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