Cinema
O Bem Amado
Natasha Filmes, Globo Filmes e a Miravista apresentam:
O BEM AMADO
(Cor / Comédia/ 107 minutos / Brasil / 2010)
Um filme de Guel Arraes
FICHA TÉCNICA
Elenco:
Marco Nanini Odorico Paraguaçu
Maria Flor Violeta
Caio Blat Neco Pedreira
José Wilker Zeca Diabo
Tonico Pereira Vladimir
Andréa Beltrão Irmã Cajazeira – Dulcineia
Drica Moraes Irmã Cajazeira – Judiceia
Zezé Polessa Irmã Cajazeira – Doroteia
Matheus Nachtergaele Dirceu Borboleta
Bruno Garcia Ernesto
Edmilson Barros Chico Moleza
Equipe:
Roteiro: Cláudio Paiva e Guel Arraes
Diretor: Guel Arraes
Produzido por: Paula Lavigne
Diretora-assistente: Olivia Guimarães
Produtora Executiva: Olivia Guimarães e Lili Nogueira
Produtores Associados: Mauro Lima e Beatriz Mafra Vianna
Produtora delegada: Clarice Saliby
Diretor de Fotografia: Dudu Miranda e Paulo Souza
Diretor de Arte: Claudio Amaral Peixoto
Técnico de Som: Jorge Saldanha
Figurinista: Claudia Kopke
Maquiadora: Lu Moraes
Editor de Som: Casa de Som
Produtor de Finalização: Hugo Gurgel
Montagem: Caio Cobra
Música: Caetano Veloso, Mauro Lima, Berna Ceppas, e Kassin
Fotos
APRESENTAÇÃO
De carisma inegável e caráter duvidoso, adorado e odiado, Odorico Paraguaçu define-se, acima de tudo, como político popular. Sua oratória inflamada, exagerada e inventiva vem hipnotizando as massas há algumas gerações. Seja no coreto da praça, nos palcos, na telinha da TV em capítulos diários ou semanais, ou em rápidas inserções no YouTube, o prefeito da pequena cidade de Sucupira mantém o interesse da audiência há mais de quarenta anos – e chega agora à tela grande.
No cinema, ‘O Bem Amado’, mantém a exuberância dos palanques anteriores. Interpretado por Marco Nanini, o prefeito continua a nos divertir “deixando de lado os entretantos” e “indo direto aos finalmentes” – e, enquanto rimos, ele se mantém no poder, gerindo a cidade ao seu bel prazer.
O filme, dirigido por Guel Arraes, é uma sátira política, um vaudeville nordestino, uma farsa brasileira com o humor que marca as produções do diretor - e por que não dizer, um traço marcante da cultura nacional.
Marco Nanini no papel de Odorico Paraguaçu; Matheus Nachtergaele interpretando o fiel assessor Dirceu Borboleta; José Wilker como Zeca Diabo e grande elenco contam a história do político que tem como maior promessa de campanha a construção de um cemitério para a cidade – que realiza, a custa de superfaturamentos e outras maracutaias, mas que não pode concluir por falta de defunto.
A comédia possui também toques de romantismo, principalmente com o caso proibido de Violeta, interpretada por Maria Flor, filha de Odorico, e Neco Pedreira, interpretado por Caio Blat, um jornalista opositor de seu pai. Mesmo o prefeito acaba por misturar amor e política - apesar de se declarar “um homem em estado de viuvice compulsória”.
SINOPSE CURTA
O Bem Amado. Baseado na peça teatral de Dias Gomes, O Bem Amado conta a história do prefeito Odorico Paraguaçu, que tem como meta prioritária, na administração de Sucupira, a inauguração de um cemitério. Embora apoiado pelas irmãs Cajazeiras e pela população em geral, enfrenta forte oposição liderada por Vladimir, dono do jornaleco da cidade.
Dado o caráter pacato da cidade, a falta de defunto impede o prefeito de realizar sua meta. Nem a chegada de Ernesto - um moribundo praticamente importado, que acaba não morrendo – nem a contratação de Zeca Diabo, um cangaceiro matador, lhe proporcionam a realização do sonho. Odorico procura situações para que alguém morra. Em sua obstinação, termina sendo o primeiro corpo a ser sepultado em Sucupira e passando de vilão a mártir.
SINOPSE LONGA
O Bem Amado. De Guel Arraes (Brasil, 2010). Com Marco Nanini, Matheus Nachtergaele, Zezé Polessa, Drica Moraes, Andréa Beltrão, Maria Flor, Caio Blat, Edmilson Barros, Bruno Garcia e José Wilker.
Fazendeiro rico da pequena Sucupira, Odorico Paraguaçu assume a prefeitura da cidade depois que o antecessor é morto por um matador profissional.
A construção de um cemitério é a realização do seu sonho pessoal e o mote de sua campanha eleitoral. Mas, como na calma cidadezinha ninguém morre, a obra nunca é inaugurada. Odorico inicia então a busca por um defunto, que inclui desde a importação de um doente grave até a contratação dos serviços de Zeca Diabo, o matador de aluguel responsável pela morte do prefeito anterior.
Em campanha contra a construção do cemitério e as armações de Odorico, Vladimir, jornalista e proprietário do jornal A Trombeta, e o seu repórter, Neco Pedreira, vivem a atacar o político. Esse mesmo repórter se apaixona por Violeta, filha do prefeito: os dois vivem uma história de amor proibida, o que dá o tom romântico da comédia.
Odorico Paraguaçu conta com o apoio, quase devoção, das solteironas da cidade - as irmãs Cajazeiras - e também de seu assessor, o sério e honesto Dirceu Borboleta. Na obsessão por conseguir um morto para a já folclórica inauguração da obra, Odorico se torna a razão da abertura do cemitério.
GUEL ARRAES/ Diretor
Guel Arraes é um dos mais respeitados diretores de TV e cinema do país. Filho do ex-governador Miguel Arraes, viveu na Argélia e na França depois que seu pai foi deposto pelo regime militar, em 1964. Em Paris, estudou antropologia e participou do Comitê do Filme Etnográfico, quando conheceu o criador do cinema verdade, o etnólogo e documentarista Jean Rouch.
De volta ao Brasil, em 1980, foi trabalhar na TV Globo com Silvio de Abreu e Jorge Fernando na direção de telenovelas. Aberto a diversas influências – da nouvelle vague francesa às chanchadas da Atlântida – tornou-se diretor de um núcleo de produção da Rede Globo. “Armação Ilimitada”, “TV Pirata”, “Programa Legal”, “Comédias da Vida Privada”, “Central da Periferia”, “O Auto da Compadecida” – minissérie adaptada para o cinema em 2000 - fazem parte do currículo do diretor nas telinhas.
No cinema, trabalhou como diretor nos filmes: “Caramuru – A Invenção do Brasil” - segunda minissérie adaptada para o cinema -, “Lisbela e o Prisioneiro”, uma das maiores bilheterias do cinema nacional, com 3.169.860 espectadores; “Romance” e “O Bem Amado”.
Como produtor esteve presente nos longas: “Meu Tio Matou um Cara” (2006), dirigido por Jorge Furtado; “O Coronel e o Lobisomem” (2006), dirigido por Maurício Farias, com roteiro do próprio Guel; e “A Grande Família” (2007), também dirigido por Maurício Farias.
PAULA LAVIGNE / Produtora
Produtora de grandes sucessos de bilheteria do cinema brasileiro, Paula Lavigne começou sua carreira na Sétima Arte, em 1995, produzindo a trilha de "Tieta do Agreste", de Cacá Diegues, e já ganhando o primeiro Disco de Ouro de trilha nacional. A partir daí, Paula, através da Natasha Filmes, passou a se dedicar à produção cinematográfica, com filmes como "Orfeu", de Cacá Diegues (1997), que conquistou a marca de mais de um milhão de espectadores, e "Benjamim", da diretora Monique Gardenberg, baseado na obra de Chico Buarque. Além disso, Paula coproduziu, com Renata Almeida Magalhães, o primeiro longa-metragem de Andrucha Waddington, "Gêmeas", distribuído pela Columbia Pictures em 2000. Em 2003, Paula e o diretor Guel Arraes uniram-se no lançamento de um dos maiores sucessos da retomada do cinema brasileiro, "Lisbela e o Prisioneiro", que teve 3,2 milhões de espectadores. No começo de 2005, novamente Paula Lavigne e Guel Arraes, agora em parceria com o diretor Jorge Furtado e a Casa de Cinema de Porto Alegre, lançaram o longa "Meu Tio Matou um Cara" e, em agosto do mesmo ano, Paula, a Conspiração Filmes e ZCL Produções lançaram "Dois Filhos de Francisco” - A História de Zezé Di Camargo e Luciano, que até hoje é a segunda melhor bilheteria dos últimos 25 anos do cinema nacional. Ainda no final do mesmo ano, levou aos cinemas "O Coronel e o Lobisomem", um filme que trouxe para as telas efeitos especiais nunca antes experimentados em produções brasileiras. Em 2008, Paula Lavigne lança "Romance", de Guel Arraes, um sucesso de críticas e de convites para festivais em todo o mundo, e em 2009 “O Bem Amado”, dirigido e escrito por Guel.
MARCO NANINI / Odorico Paraguaçu
Marco Nanini é dono de uma carreira consagrada pelo público e pela crítica. Desde a sua estreia na TV, em 1969, ele desfilou para os espectadores uma galeria de personagens variados, em novelas como “O Primeiro Amor”, “Carinhoso” e “Gabriela”, ou em seriados como “Caramuru – A Invenção do Brasil”, “Brava Gente” e “A Grande Família”, atualmente no ar.
Sua trajetória no teatro foi também bem-sucedida. Um dos maiores exemplos é a montagem de “O Mistério de Irma Vap”, que estrelou com Ney Latorraca. Por ter ficado 11 anos em cartaz com o mesmo elenco, a peça acabou indo parar no Guinness Book e ainda virou filme.
No cinema, Nanini participou do marco da retomada ao interpretar D.João VI em “Carlota Joaquina, Princesa do Brasil”, de Carla Camuratti. Depois, ainda vieram longas como “Amor e Cia”, de Helvécio Ratton, que lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Miami; “Lisbela e o Prisioneiro”, dirigido por Guel Arraes; “A Grande Família”, e agora “O Bem Amado”.
JOSÉ WILKER / Zeca Diabo
Ator, diretor, escritor, crítico e produtor, José Wilker dispensa apresentações, sendo impossível resumir uma carreira que inclui a participação em 53 filmes e 43 novelas e minisséries de TV, sem contar a sua atuação no teatro, como autor, diretor e produtor. São mais de 40 prêmios, sendo três Molière, um Mambembe, e dois Kikitos no Festival de Gramado, entre tantos outros.
ANDRÉA BELTRÃO, DRICA MORAES E ZEZÉ POLESSA / As irmãs Cajazeiras
Dulcineia, Judiceia e Doroteia, são as irmãs Cajazeiras, interpretadas por Andréa Beltrão, Drica Moraes e Zezé Polessa. Apaixonadas pelo prefeito Odorico Paraguaçu, as irmãs compõem o grupo de apoio ao prefeito. Na novela, o trio vinha em uma versão inocente e puritana; nas telonas, é uma sátira aos grã-finos, mas permanece com o mesmo tom cômico.
Andréa Beltrão, que ao longo de sua trajetória conquistou reconhecimento em papéis na TV, no teatro e no cinema, no “O Bem Amado” é Dulcineia. Irmã do meio, perdeu a virgindade com Odorico e tem o sonho de se casar com o prefeito.
Drica Moraes, que nos cinemas já esteve presente nas produções “Onde anda Você” (2004); “Amores Possíveis” (2001); “Bossa Nova” (2000) e “Traição” (1998), interpreta Judiceia, a caçula das Cajazeiras.
Zezé Polessa é Doroteia, a irmã mais velha. Rígida, tradicional, possui um tom cívico. “Guardou” sua virgindade, diferentemente de Dulcineia, na esperança de se casar com Odorico Paraguaçu.
MATHEUS NACHTERGAELE / Dirceu Borboleta
Originalmente ator de teatro, Matheus Nachtergaele ficou popularmente conhecido depois de interpretar João Grilo, seu papel no cinema em o “Auto da Compadecida”, filme que lhe rendeu o prêmio de melhor ator no Grande Prêmio Cinema Brasil, em 2002. Em “O Bem Amado”, Matheus incorpora Dirceu Borboleta, o assessor fiel do prefeito Odorico Paraguaçu.
Natasha Filmes
Produtora cinematográfica, a Natasha Enterprises é uma das mais influentes do país. Sua primeira produção, com o filme “Lisbela e o Prisioneiro”, foi considerado um dos maiores sucessos da retomada do cinema brasileiro. Baseada na peça de Osmar Lins, essa comédia romântica, estrelada por Selton Mello e Débora Falabella, conquistou plateias no mundo inteiro.
Em seguida, participou do lançamento do filme “Benjamin”, baseado na obra de Chico Buarque. O filme ganhou importantes premiações do cinema nacional, dentre elas o prêmio de melhor atriz no Festival do Rio de 2003 - Cléo Pires - e quatro prêmios no 8° Festival de Cinema Brasileiro de Miami, incluindo o de melhor filme.
Em 2005, com o lançamento das comédias “Meu Tio Matou um Cara” e “O Coronel e o Lobisomem”, a Natasha Filmes reafirma seu potencial para lançar filmes de qualidade para o mercado nacional. Em 2007, a parceria se repete com a Dueto Filmes e a Natasha co-produz o filme “Ó paí, ó”, com direção de Monique Gardenberg.
Com um amplo repertório de títulos, a Natasha esteve à frente de grandes produções do audiovisual nacional como: Lisbela e o Prisioneiro (2003); Benjamin (2004); Meu Tio Matou um Cara (2004); O Coronel e o Lobisomem (2005); Dois Filhos de Francisco (2005); Romance (2007) e Coração Vagabundo (2009).
Globo Filmes (co-produção)
Desde 1998, quando foi criada, a Globo Filmes produziu e/ou coproduziu mais de 90 filmes, levando para as salas de exibição mais de 90 milhões de pessoas. Com a missão de contribuir para o fortalecimento da indústria audiovisual nacional, apostando em obras de qualidade e valorizando a cultura brasileira, a produtora participou dos dez maiores sucessos de bilheteria da retomada: Se Eu Fosse Você 2, o primeiro da lista, com um público de mais de 6 milhões, 2 Filhos de Francisco, Carandiru, Se Eu Fosse Você, Chico Xavier, Cidade de Deus – com quatro indicações ao Oscar -, Lisbela e o Prisioneiro, Cazuza – O Tempo Não Pára, Olga e Os Normais. Todos ultrapassaram a marca de 3 milhões de espectadores.
A Globo Filmes também tem por objetivo promover a sinergia entre o cinema e a televisão, sempre atenta ao reconhecido padrão Globo de qualidade. Sua filmografia contempla vários gêneros, como comédias, infantis, romances, dramas e aventuras. Suas atividades se baseiam nas parcerias com produtores independentes e distribuidores nacionais e internacionais, em uma associação de excelência para levar ao público o que há de melhor no cinema brasileiro.
Miravista (Coprodução)
A Miravista é o selo cinematográfico da Buena Vista International para as coproduções na América Latina. O primeiro longa produzido pela Miravista, Ladies Night, estreou no México em 2003. No Brasil, a empresa já levou aos cinemas O Caminho das Nuvens, de Vicente Amorim; Viva voz, de Paulo Morelli; A Dona da História, Muito Gelo e Dois Dedos D’água e Primo Basílio, de Daniel Filho; O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger; O Casamento de Romeu & Julieta, de Bruno Barreto; Jogo Subterrâneo, de Roberto Gervitz; Didi - O Caçador de Tesouros, O cavaleiro Didi e A Princesa Lili e O Guerreiro Didi e a Ninja Lili, de Marcus Figueiredo; A Máquina e Fica Comigo Esta Noite, de João Falcão; Caixa Dois, de Bruno Barreto; Inesquecível, de Paulo Sérgio Almeida; Chega de Saudade, de Laís Bodanzky; O Magnata, de Johnny Araújo; Polaróides Urbanas, de Miguel Falabella e A Mulher do Meu Amigo, de Claudio Torres.
Além de O Bem Amado, de Guel Arraes, em 2010, também faz parte do calendário de lançamento da Miravista o filme Quincas Berro D´água, de Sérgio Machado.
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(Romance, BRA, 2008) Direção: Guel Arraes Elenco: Wagner Moura, Letícia Sabatella, Vladimir Brichta, Andréa Beltrão, José Wilker, Marco Nanini, Bruno Garcia, Tonico Pereira Roteiro: Guel Arraes, Jorge Furtado Duração: 100 min. Minha nota: 6/10...
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