Nota: 5,0
Os anos 80 realmente foram ótimos pra cultura pop. Se eu pudesse voltar no tempo, era pra lá que eu iria. Eu adoro a trilogia Indiana Jones. Valendo-se da máxima que nada se cria tudo se copia (que George Lucas deve ser fiel seguidor, porque ele não pára de lançar quinquilharias de Star Wars), decidiram continuar a trilogia, e cá entre nós, se é pra reviver o passado desse jeito eu prefiro escutar Flashback ou Momentos de Amor na rádio.
Bom, o tal do Indiana é o supra sumo da supervalorização ocidental, do machismo, racismo, homofobia, capitalismo e todo e qualquer outro valor republicano que existe na face da terra. Se ele fosse de verdade, acho que ele seria o Arnold Schwarzenegger. Talvez ele fosse um pouco mais inteligente. Talvez fosse o Bush, só que musculoso. Mas deixando isso de lado e levando o filme pra diversão, não há como não se divertir. Os filmes são um excelente entretenimento. Só que dessa vez não deu. Principalmente pra mim que já vi o Harrison Ford num avião esse ano e ele tá velho, só falta uma bengala. Não dá pra engolir ele fazendo aquelas estripulias todas. Pior só vendo filme do Didi.
E dessa vez ainda tocaram num tema que eu detesto no cinema americano, que é a tal da Guerra Fria. Hollywood ainda quer fazer propaganda anti-URSS a essa altura do campeonato? Tenha santa paciência! E podem até dizer: mas são os valores da época. Dá muito bem pra fazer um filme sem querer enfiar esses ideais na cabeça do público. São características das personagens, e não valores a ser propagados.
Tem americanos valentes e heróicos, soviéticos malignos, floresta amazônica, pré-colombianos não colonizados retardados e malévolos. Nada estereotipado, não? E diante disso tudo ainda foram meter ET no meio? Spielberg deve ter taras eróticas violentíssimas com alienígenas. Não é possível! E o filme ainda é previsível de cabo a rabo, característica que não existia nos outros três filmes. Mesmo depois de escorregar em casa fazendo faxina e ter jogado a minha bola de cristal janela abaixo, dava pra se adivinhar tudo o que estava pra acontecer. E pra coroar o excesso de abobrinhas, ainda me colocam as cataratas de Iguaçu no meio da Amazônia. É mole? Depois de tudo nem o cabelo escovinha de chocolate do Shia LaBeouf me incomodava. Acho que não tirei um cochilo tão grande no cinema desde O Senhor dos Anéis...