" Um filme que para os cegos estimula a violência, mas que não passa de uma boa crítica"
Este é mais um filme citado no documentário Tarantino's Mind. Alguns podem não entender e dizer que esta é uma obra dirigida por Oliver Stone (Wall Street: Poder e Cobiça, Ao sul da Fronteira), mas poucos sabem que todo o filme é baseado em um estória de Quentin Tarantino, escrita quando o mesmo ainda era balconista de uma locadora, e que desde estes tempos já desmontrou sua mente brilhante. É bem verdade que o roteiro ao longo das filmagens foi sofrendo algumas modificações e também é verdade que muitos dizem que o trabalho original era muito melhor, tanto que seu criador decidiu lançá-lo em livro.
A trama mostra a seqüência de assassinatos realizado pelo casal Mickey e Mallory Knox. A matança destemida e sem escrúpulos chama a atenção da mídia e termina lhes tornando um casal, de serial killers, famoso nos Estados Unidos. Por incrível que pareça, e não fora do comum, há pessoas que glorificaram esses assassinos e eles chegaram a ganhar alguns fãs. Tudo isso mostra que muitas vezes a mídia é uma grande vilã e termina mitificando pessoas que deviam passar despercebidas ou no mínimo serem detestadas, para não dizer odiadas, pela comunidade. Representando a mídia, nos deparamos com o jornalista Wayne Gale, que apresenta uma daquelas séries que vai atrás das histórias de assassinos e lhes conta ao grande público. Gale é egocêntrico, sabe muito o que seu público gosta e por isso não mede esforços para obter suas reportagens.
Este longa é no mínimo audacioso, pois consegue misturar alguns elementos alucinógenos em meio ao seu desenvolvimento e ainda consegue colocar animações como uma espécie de pensamento ou mentalidade da situação apresentada. Outro aspecto a ser pensando é a forma "endeusada" como a violência é abordada, sendo dura e intensa. Há quem diga que este seja um filme que estimule a violência, mas prefiro lhe considerar como uma crítica ao que as redes televisão são capazes de fazer pela audiência. Em Salvador, existe uma programa, que adora correr atrás dos corpos das pessoas e faz questão de lhes filmar e expor em rede e gritam sobre o assunto para o público. Uma prova de que já em 1994 as pessoas pensavam sobre o assunto.
Voltando para o roteiro do filme, ele é simplesmente sensacional e consegue, marca registrada de Tarantino, ir e vir no tempo, misturando o passado, presente e o futuro. Aquela velha pitada de humor negro não falta e algumas cenas foram feitas como se fosse um reality show. O Elenco está muito bem e esforçado, pois vemos isso nas ótimas atuações de Woody Harrelson (O Mensageiro, Sete Vidas) e Juliette Lewis (Dias Incríveis, Coincidências do Amor) fazendo um casal apaixonado, louco e viril. Somado a eles está um inflamado Robert Downey Jr (Homem de Ferro 2, Um Parto de Viagem) e um caricato Tommy Lee Jones (Homens de Preto).
Um pouco exagerado sim, mas um filme incrível e que deve ser assistido por aqueles que aguentam assistir algo muito violento. Poderia continuar descrevendo sobre o que estão fazendo com o caso de Realengo e o aparecimento dois dias depois de um menino de 12 anos, em uma escola no interior da bahia, com uma arma de fogo. Aonde será que ele aprendeu isso? Não estou dizendo que a mídia deve se calar, mas fazer sensacionalismo com isso é F#&@.
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