Crítica ? Stealing Beauty (1996)
Cinema

Crítica ? Stealing Beauty (1996)


Realizado por Bernardo Bertolucci
Com Liv Taylor, Jeremy Irons, Rachl Weisz

O erotismo marca o espírito que envolve todo este filme onde o que se sugere é muito mais importante do que realmente acontece. Lucy (Liv Taylor) é uma belíssima jovem americana de dezanove anos, enviada pelo pai para Itália, para junto de uns amigos da família. Na casa que a acolhe estão hospedados algumas excêntricas personagens, um dramaturgo gay moribundo, um advogado do mundo do espectáculo, o próprio escultor proprietário da casa, a sua mulher, entre outras. Neste refúgio campestre, intelectualmente muito estimulante e propício ao despoletar das mais íntimas emoções graças ao calor do verão no meio dos campos silenciosos, Lucy empreende duas viagens, a da busca da verdade sobre a sua mãe e o seu próprio nascimento e a descoberta da sua sexualidade. O ambiente que se vive desperta o desejo nas diferentes personagens, em cada uma a seu modo. A beleza, a juventude e a sensualidade de Lucy transformam-na no objecto da atenção dos homens da casa, mas é ela que escolhe, após várias tentativas, aquele com quem deseja perder a virgindade.
Bertolucci tem sido, desde Ultimo tango a Parigi (1972) um realizador exímio na apresentação do erotismo e da sexualidade. Encontramos nesta obra um contraste vivo entre a beleza calma e tranquila dos ambientes e da protagonista e o imenso trabalho que é feito sobre o desejo nas suas diferentes manifestações e concretizações, na sua racionalização ou não. Eros é a pulsão essencial aqui tratada desde o mais subtil olhar até à prostituição a céu aberto, passando por cenas de sexo explícito.
Nomeado para a Palma de Ouro em 1996, o filme não recebeu o prémio nem atingiu a qualidade de outras obras de Bertolucci. Apesar do elenco de luxo e da recriação de um ambiente extraordinariamente sofisticado na mais bucólica paisagem, o argumento é débil sustentado apenas pelas sugestões eróticas. De facto, a acção é diminuta assentando mais nas intenções das personagens do que na consumação das mesmas. Ainda assim o filme consegue momentos de grande beleza visual e algumas grandes interpretações como a de Jeremy Irons no papel de um doente terminal. O filme está disponível em DVD numa edição Universal Studios.

Classificação - 4 Estrelas Em 5



loading...

- Crítica ? Jeune & Jolie (2013)
Realizado por François Ozon Com Marine Vacth, Géraldine Pailhas, Frédéric Pierrot  Temos assistido nos últimos anos ao  interesse crescente do cinema europeu pela adolescência  e, em particular, pela formação da identidade...

- O Último Tango Em Paris Marcou O Cine-jantar Da Festa Do Cinema Italiano
Decorreu ontem, 13 de Abril, o segundo cine-jantar da Festa de Cinema Italiano. Considerado um dos pontos mais altos do festival, o cine-jantar, onde o público pode degustar todo o tipo de comida italiana em ambiente informal e de grande camaradagem,...

- Crítica - Candy (2006)
Realizado por Neil Armfield Com Heath Ledger, Abbie Cornish, Geoffrey Rush Nesta adaptação do romance homónimo de Luke Davies, o realizador Neil Armfield conseguiu trazer de novo à Austrália e ao cinema australiano os actores Heath Ledger, Abbie...

- Crítica ? Lost In Translation (2003)
Realizado por Sofia Coppola Com Scarlett Johansson e Bill Murey ?Everyone wants to be find? é o slogan que anuncia e bem o filme cujo magistral argumento da própria Sofia Coppola aborda de uma forma muito subtil o vazio emocional que ocupa um grande...

- Bernardo Bertolucci Presidirá O 70º Festival De Veneza
O cineasta italiano Bernardo Bertolucci será o presidente do júri do 70º Festival de Veneza. Bertolucci tem filmes de peso no currículo, como Último Tango em Paris e O Último Imperador, e pode ser considerado um dos maiores nomes do cinema italiano. ?Poucos...



Cinema








.