Crítica: Amanhecer - Parte 2 (Breaking Dawn - Part 2)

O aguardado final de uma das séries mais queridas, e polêmicas, de todos os tempos já pode ser conferido nos cinemas. Os fãs saem com aquela sensação de dever cumprido, mas ao mesmo tempo um sentimento de despedida, que termina entristecendo e deixando um sentimento de vazio. Alguns boatos dizem que as produções podem continuar, mesmo não existindo mais livros sobre a vida de Bella e Edward, mas por hora isso se trata apenas de boatos, que sinceramente espero que não se concretizem. 

Fiz a crítica dos dois exemplares anteriores, Amanhecer - Parte 1 e Eclipse, e quem acompanha ao Cinema Detalhado sabe que li os livros e que não acho que interesse muito falar se o filme é bom ou ruim, pois as pessoas já possuem uma aptidão ou um preconceito com relação a trama e as produções, o que faz com que seja mera perda de tempo tentar convencer alguém de ver algo que ela já sabe que não vai gostar. Quase nada muda ao longo do tempo, pois a trama continua melosa e a ação nunca chega as vias de fato. Alias, não é tanta coisa notável que acontece ao longo dos quatro livros, ou cinco filmes, mas mesmo assim é algo legal de ser assistido.

Nesta etapa final vamos acompanhar Bella já como vampira e aprendendo a viver com as condições que a raça lhe exige. Sua filha, foco central da primeira parte de Amanhecer, acabara de nascer e apresentar uma raça até então desconhecida, pois apesar de possuir poderes especias a menina ainda tinha sangue correndo nas veias. O problema é que exatamente por ser algo desconhecido, Irina, uma vampira de um outro clã, termina fazendo acusações de um crime para os Volturi, os poderosos que mantem a ordem e a lei do universo vampiresco. Atiçados pela quebra de uma lei e a possibilidade de recrutar mais poderes para seu clã, os Volturi partem em direção a Forks para o que pode se tornar uma batalha sangrenta e recheada de mortes.

A Saga agora se encerra e com ela veio a sensação de que tudo poderia ter sido resumido a um único filme. A história de fato nunca chega a emplacar e aquela ação que tanto esperávamos de fato não existe. Há um momento na produção que meus olhos chegaram a brilhar de satisfação, mas 3 minutos depois veio um sentimento ruim de que fui enganado. Não acho que estamos diante de um evento do tamanho que ele causou e acho que agora no fim a mitologia é possível dizer que ela foi até careta demais. Outro ponto fraco de toda a saga foram as atuações de Kristen Stewart, que mostra talento em películas fora desta universo,  e Robert Pattinson, que também tem se esforçado para brilhar em outro mundo, continua daquelas mais insossas da história de Hollywood. A dupla não conseguiu convencer em nenhum dos cinco filmes. Taylor Lautner é o melhor dos três, mas desta vez não passa de um mero coadjuvante.

Apesar de sempre apontar mais os pontos fracos nos meus textos sobre Twilight, ainda considero que este seja um filme que irá divertir os fãs e encerrar com dignidade a franquia. Volto a repetir para você não perder o seu tempo se não gostou de nenhum dos anteriores. Como explicar um desses fenômenos de Hollywood? Mudar a mitologia dos vampiros no final das contas foi bem lucrativo para Stephenie Meyer e pergunta se ela estar ligando para o mundo de gente que fala mal de sua atitude? Felizmente uma coisa que aprendi foi a separar as coisas conforme sua ótica e é com esse pensamento que dou a nota abaixo.

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