Crítica: Amanhecer - Parte 1 ( Breaking Dawn - Part 1)
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Crítica: Amanhecer - Parte 1 ( Breaking Dawn - Part 1)



Ás vezes tenho a sensação de que criticar um filme como esse é mera perda de tempo. Não importa o que eu diga, ele será um sucesso e isso é algo inquestionável, mesmo para os mais avessos a trama. Quando Harry Potter anunciou que seria dividido em duas partes (Parte 1 e Parte 2), confesso que fiquei preocupado demais, mas terminei gostando do que fizeram. Quando foi anunciado que Amanhecer faria o mesmo, fiquei mais preocupado ainda, pois o começo do quarto livro era a história que menos eu tinha gostado. De toda forma, não sei se foi o fato da crítica americana ter "assassinado" o filme ou a minha baixa expectativa quanto a produção. Fato é que terminei me identificando com a película e me dando ao prazer de dizer que é o melhor da franquia. Quem leu o meu texto de Eclipse, sabe que gosto do enredo como um todo, mas que nunca aceitei o grande drama que a a autora empregou em suas narrações. Quem leu meu antigo texto, sabe, também, que quando isso é transpassado para uma encenação, a narração, de certa forma, se perde e se transforma em algo menos dramático. Essa pode ser mais uma justificativa para o filme ter me agradado.

Nem de perto estou falando de algo grandioso, e de fato não estou. Comento acerca de um trabalho feito para um público alvo que sabe o que vai ver e que certamente irá sair satisfeito da sessão. É com esses olhos que tento escrever essa crítica, mas não posso negar que como uma pessoa que gosta de cinema, ainda encontro muitos problemas nele. O maior de todos, e que não terá solução, é o elenco que não consegue evoluir em seus papéis. É impressionante como gosto de Kristen Stewart (Garotas do Rock - The Runaways) em outros filmes, mas a acho completamente sem sal em sua franquia de maior sucesso. Robert Pattinson (Água para Elefantes, Lembranças) é outro que por hora aparece bem, mas nada consegue transpor em seu personagem ultra maquiado. Taylor Lautner (Sem Saída,Idas e Vindas do Amor) ainda é o melhor do trio, mas nada espetacular.

Para quem ansiou para ver o Brasil só tenho a dizer que muito pouco verá. Alguns segundos do Cristo e nada mais do que uma cena de curtição na Lapa. Por outro lado, os cenários continuam legais e a fotografia foi muito bem trabalhada. Há um pouco de ação e esta chega a causar emoções no espectador, que se demonstra hora tenso, nervoso ou apreensivo com o destino dos personagens. O roteiro como um todo conseguiu ser intrigante ao colocar a vida de um filho em troca da vida de uma mãe, a traição ao seu grupo em virtude de um amor e até mesmo a morte como única saída para a vida.

A fidelidade com a obra é inegável. Tudo foi feito da forma como imaginei enquanto me afundava nas páginas do livro. A cena do Imprinting é perfeita e exatamente como previ. O renascimento da protagonista conta com bons efeitos, mas estes ainda estão mais voltados para a manada de lobos.  A trilha sonora é outro ponto forte da produção, que parece ser praticamente contínua. Não me recordo muito bem de algum momento que não tivesse alguma boa música ao fundo para contemplar a cena.

Eu indico este filme para todo mundo? NÃO! Longe disso. Você já teve 3 oportunidades de verificar se gosta ou não da vida entre vampiros e lobos. Se até aqui não gostou, não será agora que irá gostar. Se gostou? Pode assistir, pois para você eu indico SIM! Não é uma grande equação matemática. É um simples conhecimento de seu próprio gosto. Com o pensamento de quem realmente se interessa em saber qual nota vou dar a produção, acredito que é nada mais justo do que:



Trailer do Filme:



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