Cinema
Crítica: American Pie: A Primeira Vez é Inesquecível
Essa semana merece toda uma dedicatória para uma das franquias que eu mais gosto do cinema. Por mais que pessoas achem besteirol e exagerado, American Pie marcou minha infância e é a comédia, ao lado de Se Beber Não Case, que eu mais gosto. Mesmo tendo esse amor cego pelo filme, tenho ciência de que não é uma prima, mas tudo fica em segundo plano quando dou várias risadas com as situações hilárias em que os protagonistas se colocam. No ano de lançamento, 1999, o longa surgia como uma experiência diferente de tudo que tínhamos visto e terminou servindo de modelo para as comédias que vemos até os dias de hoje.
A trama é bem simples, mas não deixa de ser uma grande verdade do universo. Qual o grupo de adolescentes que não sonham com o dia em que perderão a virgindade? Pois então, o longa narra a história de um grupo desses, formados por quatro amigos, que fazem um juramento, uma semana antes de se formarem no ensino médio. Todos deveriam ter uma relação sexual até o dia da festa de formatura. As tentativas serão muitas e diversas serão as enrascadas que esse quarteto irá se meter para conseguir concretizar o acordo.
A familiaridade do espectador, que em sua grande maioria varia entre os 14 a 30 anos, com as situações e desejos dos envolvidos garantem mais comédia e diversão. Outro ponto marcante é a construção dos personagens, que é muito bem feita, e permite que todos tenham suas diferenças e particularidades, o que permite ao espectador se conectar mais com um ou outro aspirante da perda da virgindade. Esse pensamento fortalece um roteiro que seria bobo e vazio, mas que ganha contexto diante da semelhança entre o fictício e a realidade.
No quesito de atuações os atores circulam num meio que convivem e conseguem lidar muito bem com tudo que precisa ser encenado. Jason Biggs é um adolescente inseguro impagável e seu relacionamento com a menina mais desejada de todos é um dos pontos mais fortes da produção. Sean William Scott fez aqui o papel da sua vida e mesmo que ganhe um Oscar algum dia desses, nunca deixará de ser o idolatrado Stifler de American Pie. O ator tem em sua mão o melhor papel e sabe aproveitar muito bem. Todos os outros apresentam bons trabalhos, mas o destaque fica mesmo para os dois citados acima.
É certo que nem tudo é perfeito e algumas coisas terminam sendo bem chatinhas e arrastadas, como o romance de Oz e Heather, que segue a linha do certinho demais para que a produção propõe e também a conversa entre Kevin e Vicky sobre a diferença entre sexo e amor. Talvez tenham criado estes momentos para tentar atingir um público feminino, que, em sua grande maioria, tem um pouco de preconceito, ou falso moralismo, quanto a película. A trilha sonora é bem jovial e até hoje escuto algumas músicas, que terminaram se tornando clássicos para os jovens do momento.
Em resumo, American Pie é bobo em muitos momentos, mas cumpre com louvor o seu papel. As situações são hilárias e o ritmo é de pura diversão. Amigos que convivo volta e meia gostam de falar sobre algo que aconteceu no passado e algumas vezes trazemos a tona esse filme, que com situações inusitadas e um excelente trabalho de construção dos personagens marcou época.
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