Crítica American Pie: O Reencontro (American Reunion)
Já faz muito tempo desde que pudemos conferir as histórias de Jim e seus amigos. Até fizeram umas sequências diretamente para DVD, mas estas foram tão toscas que foram completamente ignoradas neste novo longa proposto. A verdade é que, diferente do que se esperava, depois da trilogia original os atores não conseguiram decolar suas carreiras e motivar todos a voltarem 9 anos depois não deve ter sido uma tarefa tão complicada. Boatos espalhados pela internet contam que Jason Biggs e Sean William Scott teriam recebido 5 milhões, mais bonificações, para voltar, enquanto o restante do elenco teria um mero salário de 750 mil.
A proposta deste novo longa se baseia no reencontro dos jovens, formandos da turmas de 1999, 13 anos depois daquele baile tão marcantes em suas vidas. A vida passou para todos e, como sabemos, alguns se casaram e tiveram filhos e outros, muito provavelmente, não amadureceram uma virgula se quer. Essa sinopse pode parecer que os responsáveis estariam interessados em renovar o foco da obra e apresentar uma comédia diferente, mas a proposta á realmente causar um enorme sentimento de nostalgia em todos os apaixonados por essa franquia.
Dizem que o amor é cego e é exatamente por isso que não sei dizer se foi por esse motivo que realmente gostei deste "quarto" filme. Alguns podem falar que é um revival com as mesmas piadas, mas confesso a vocês que não procurava nada diferente disso. Queria reviver as emoções da série e me divertir com as risadas fáceis e as situações inusitadas que os personagens deveriam se meter. O sentimento de nostalgia tomou conta de mim por quase todo a película, que faz questão de fazer referência a diversas cenas do primeiro longa. A risadas somadas com as lembranças dos momentos marcantes, tornaram o filme muito bom para mim, a exceção de um daqueles espectadores chatos, que além de não calar a boca por um segundo, fazia questão de repetir as frases, que julgava interessante.
Jason Biggs e Sean William Scott justificam o salário diferenciado que recebem, pois, como nos outros, são seus personagens que ditam o ritmo do longa e se envolvem nas situações mais engraçadas. Stifler está cômico demais e consegue um dos feitos mais marcantes de todos os quatro filmes. Jim mostra amadurecimento, mas não perde seu senso de se envolver em confusões, mesmo quando tenta fazer a coisa certa. Confesso que fiquei com receio do retorno de Oz, mas seu personagem finalmente ganhou algum destaque e teve a oportunidade de aparecer, o que foi uma boa surpresa. Kevin continue sendo pouco interessante e Finch esteve muito apagado para um personagem que é marcante no passado. Eugene Levy ganha espaço na diversão e mostro o quanto é um ator maravilhoso. Os diálogos entre Pai do Jim e Jim continuam afiadíssimos.
Algumas piadas fazem referência a coisas do momento, como Facebook e Smartphones. A trilha sonora continua incrível e marcante, como todos os outros filme. A liberdade de opções sexuais também é algo representado por personagens, que finalmente foram capazes de se assumirem gays. O elenco feminino, pouco aproveitado no segundo longa e eliminado do terceiro, retorna mais uma vez sendo pouco utilizado e acrescentando muito pouco a trama. Atè mesmo a personagem Michele se torna mera protagonista e perde muito do potencial que poderia dar. Eu sei que eles vendem a Alyson Hannigan como uma personagem não muito bela, mas acho que pegaram pesado em torná-la mais fraquinha do que realmente é.
Não é uma obra prima, mas cumpre com louvor as expectativas, chegando a superá-las em diversos momentos. Se você é fã do filmes do passado pode assistir tranquilamente, que a diversão está garantida. Se você não é nem perca seu tempo, pois realmente praticamente nada mudou. Me perdoem aqueles que se sentirem ofendidos, mas como já disse acima, o amor é cego e é com todo esse amor que entrego uma nota muito boa para esta produção. Olha que ainda pode rolar mais algumas continuações, já que o final da espaço para isso!
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