Crítica: Atração Perigosa (The Town)
Cinema

Crítica: Atração Perigosa (The Town)



Estou correndo atrás dos filmes que poderão estar no ano que vem disputando uma estatueta. Atração Perigosa é mais uma aposta de grande parte dos críticos e é muito merecedor dos contínuos elogios que tem recebido. Este é o segundo trabalho de direção de Ben Affleck, que também é o ator principal da trama, e foi baseado no livro O Príncipe dos Ladrões de Chuck Hogan. Um prato cheio para quem gosta de filmes sobre assaltos a banco.

A trama principal é baseada em assaltos praticados por um grupo de quatro ladrões. Logo em seu início somos apresentados a sua forma de trabalhar e passamos a entender que Doug Macray é a parte intelectual dos roubos que são muito bem elaborados e planejados para não haverem surpresas. A questão é que logo de cara as coisas saem um pouco do controle e pela primeira vez o grupo teve a necessidade de fazer uma refém. Esta era a gerente do banco, que por coincidência morava na mesma rua que os bandidos e que precisou ser acompanhada especialmente por Doug para que nada de errado acontecesse. O problema de tudo é que o anti-herói se apaixona pela moça e começa a ter dúvidas sobre a continuidade de sua vida bandida.

O filme se difere dos demais porque mostrar que apesar de muito inteligentes, os bandidos se apegam ao ponto mais forte que poderiam possuir e ao elo mais fraco que suas vítimas podem sentir. De forma um pouco diferente de demais filmes do gênero, não é a tecnologia ou a força bruta que garantem o sucesso dos planos elaborados por eles e sim o entendimento do sentimento humano que todas as pessoas possuem e o medo de perder aqueles que mais ama. Uma simples ameaça a um filho, esposa ou ente querido garantem a abertura de um cofre ou de uma sala de segurança máxima.

Por outro lado o filme se mostra pouco inovador ao demonstrar a vida de um bandido que se apaixona e decide que quer parar. Para isso ele precisa enfrentar a fúria de seus amigos e ainda realizar uma última missão especial que iria lhe garantir a liberdade. Neste aspecto o filme peca um pouco, mas posso informar que mesmo com essa fragilidade a trama consegue lhe prender e consegue permanecer em um ritmo muito interessante que garante entretenimento de alto nível.

As atuações são boas e talvez sejam o ponto que consegue fazer o filme valer tanto a pena. O grande destaque no elenco ficou realmente para Jeremy Renner (Guerra ao Terror) que interpreta o bandido que age mais com a ação do que com a razão e que mesmo sendo o melhor amigo de Doug, se mostra muito diferente dele na maneira de conduzir a vida.

Se misturar os pontos fortes e pontos fracos desta obra, garanto que pontos fortes irão se sobressair e se apresentará ao espectador um ótimo filme e que merece ser realmente elogiado, pela maneira que foi conduzido, trabalhado e realizado.

Nota: 8,7

Trailer do filme:



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