Crítica: Mad Men - Terceira Temporada
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Crítica: Mad Men - Terceira Temporada



Mad Men é um seriado americano transmitido pelo desconhecido canal AMC que desde o seu lançamento em 2007 é um sucesso de crítica.  Ambientado nos anos 60, o personagem principal  é Don Draper (Jon Hamm, absolutamente perfeito) que trabalha em uma agência de propaganda chamada Sterling Cooper, que se localiza na Madison Avenue em Nova Iorque, daí o nome título da série.  Casado com Elisabeth "Betty" Draper (January Jones, também excelente) têm  três filhos, o último nascido nesta última temporada.

O seriado é extremamente bem produzido, você realmente se sente vivendo naquela época, o que dá muita verossimilhança.  Como nos anos 60,  tabagismo, uso de bebida alcóolicas, machismo, adultério, homofobia eram coisas naturais, é bom ter o moralismo "in check" ao assistir Mad Men.  Um bom exemplo do que estou me referindo é o médico que fuma durante toda consulta enquanto atende o paciente. Os personagens bebem álcool e fumam em todos os episódios. Hoje, raramente isto é visto na TV atualmente nos programas.

No Terceiro Ano da série, a Agência Sterling Cooper foi comprada pelos ingleses que enviam evidentemente seus representantes para gerenciar a sua nova aquisição. Roger Sterling (John Slattery) e Bert Cooper permanecem na empresa, mas como fantoches.  Sterling, ex-amigo de Don Draper passa a temporada com problemas com sua esposa-troféu e do casamento de sua filha e mediando os problemas com os ingleses.  Um verdadeiro desperdício já que nas outras temporadas era sempre bom vê-lo em cena.  Peggy Olson (Elisabeth Moss, de West Wing e Invasion) e Peter Campbell (Vincent Kartheiser, de Angel)  também tem menos tempo em cena.

A homofobia foi tratada neste ano da série, quando o personagem Salvatore Romano (Brian Batt), é quase exposto várias vezes, e porque se recusou a ter relações com um dos clientes que se insinuou sobre ele, este exigiu que Sal fosse demitido, o que Draper, mesmo sabendo da competência do colega, fez prontamente já que sabia da homossexualidade, fato descoberto por acidente em outra cena impactante do início da temporada.

O casamento de de Don Draper e Betty Draper foi testado até o seu final nesta temporada.  Don teve um caso com uma das professoras de sua filhas, terminando-o assim que percebeu que isso poderia lhe custar.  Mas o estrago já estava feito, pois Betty Draper, já cansada dos casos do maridos e de sua frieza, se interessou num homem que conheceu no casamento de Sterling chamado Henry Francis.  O fim do casamento dos Draper se deu quando Betty finalmente descobre que o marido vem mentido durante todos estes anos sobre seu passado, e que seu nome nem é Donald Draper e sim Dick Whitman.  Somando este fato e o crescente interesse de Betty em Francis, ele opta pelo divórcio no final da temporada.  As cenas de Jon Ham e January Jones como o casal em crise são muito boas, e quando o confronto entre os dois enventualmente ocorria tinhamos os melhores momentos do ano.  Incrível como não havia um relacionamento entre os dois, Don, ao meu ver, via Betty como mãe dos seus filhos e sua esposa, mas não como confidente.

No final da temporada, Sterling Cooper é vendida pelos ingleses para outra empresa americana.  Revoltados, Draper, Sterling, Cooper com a ajuda do inglês Lane Pryce (Jared Harris), que percebeu que ia perder o emprego na empreitada de seus chefes, se demitem, levam o que podem de seus clientes e fundam a Sterling Cooper Draper Pryce.

Não dá para comentar todas as subtrama que o terceiro ano de Mad Men, que também mostrou uma faceta de Conrad Hilton (Hilton Hotels!!) no mundo dos negócios, mas para encerrar este review podemos dizer que a qualidade do texto, da atuação, do cuidado técnico do cenário, vestuário da série, ela deve ser vista pelo fã de tv de boa qualidade.  Não é um seriado escapista, ele aborda com elegância temas espinhosos e nunca é medíocre, e seus personagens são mostrados como seres humanos com qualidades e defeitos.

Texto de Master Sidious - Blog Iniciativa Global




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