Crítica: Piratas do Caribe: No Fim do Mundo
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Crítica: Piratas do Caribe: No Fim do Mundo




Este é o filme que encerra a trilogia inicial de Piratas do Caribe e como muitas vezes podemos presenciar na história do cinema, é o pior de todos os três. Não acho que seja um filme ruim, mas não chega na excelência que foi "A Maldição da Pérola Negra" ou na Diversão de "O Baú da Morte". O humor ainda está presente, o suspense na medida certa, os acontecimentos sobrenaturais, os efeitos especiais e as ótimas seqüências de ação ainda estão presentes e fazem parte da formula infalível adotada pela franquia. A questão é que falta uma pitada de sal para a coisa realmente acontecer e apesar de sabermos que estamos diante de um desfecho maravilhoso para um ótima história, percebemos que algo não está como antigamente.

Nesta nova aventura, Lorde Cutler Beckett está determinado a exterminar todos os piratas do mundo e as execuções em praça pública já são rotineiras pela região. Diante desta situação complicada, Elizabeth Swann e o ressuscitado Capitão Barbossa partem à procura de Sao Feng, pois ele possui os mapas capazes de levar ao Fim de Mundo, onde o Jack Sparrow se encontra. Como de costume, o pirata mais querido de todos está envolvido em encrencas e desta vez ele irá se deparar com uma prisão no navio fantasma comandado por Davy Jones. Will Turner é outro que parte em busca de Sparrow, que é um dos nove Lordes da Corte da Irmandade Bucaneira, o grupo dos principais piratas de todos os mares do mundo, que juntos serão capazes de salvar seu povo do extermínio.

O drama é algo que o espectador da produção não estava muito acostumado a conviver, mas neste filme é muito presente com a crise de relacionamento do casal principal. Lógico que ainda há as trapaças e mentiras que o mundo dos piratas exigem, mas desta vez digamos que o amor está no ar. Elizabeth já não é mais a moça indefesa do primeiro filme e assume de verdade o coração de pirata, o que culmina como um dos fatores que balançam a relação com Will. A duração da película é algo que também não ajuda muito, mas nem tudo é negativo na produção, pois a participação honrosa de Keith Richards é uma das melhores da trilogia, ainda mais depois de Depp ter divulgado que se inspirou no roqueiro do Rolling Stones para interpretar seu personagem.

A direção continua nas mãos de Gore Verbinski, que aproveita muito bem os efeitos especiais e as seqüências mais ousadas, que são capazes de manter o público satisfeito. O elenco continua magnífico e a trilha sonora se mantém impecável. O entretenimento é muito bom e muito divertido, a questão é que agora algumas coisas já estão mais batidas e em alguns momentos temos aquela impressão de já ter visto tal piada ou trapaça. Na época deixaram no ar a possibilidade de uma continuação, o que acabou causando muita discussão sobre o esgotamento da fórmula mágica que regia o mundo dos Piratas. Agora alguns anos depois posso dizer que valeu a pena, pois "Navegando em Águas Misteriosas" é uma ótima produção e renova o ar que parecia já desgastado nesta obra.

Nota: 7,5


Trailer do Filme:



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